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Os preços da pluma disponível continuam apresentando tendência de alta em Mato Grosso, exibindo na última semana uma média de R$ 93,05/@. Tal valor é um dos maiores já registrados na série histórica, ficando abaixo apenas ao do período de janeiro de 2011 a março 2011, quando as cotações chegaram a atingir uma média de R$ 128,51/@, em termos nominais. As informações são do Instituto Mato-grossense de Economia (Imea) divulgadas nesta segunda-feira (19).
A valorização é reflexo da necessidade de compra das indústrias têxteis neste período de baixos estoques, enquanto que o produtor mato-grossense continua firme em sua posição, visto que restam apenas 3% a serem negociados. Apesar de a safra 2016/17 ter apresentado recorde na produção da fibra, a demanda continua ampla com a parcial recuperação das indústrias têxteis, em conjunto com os bons embarques da pluma.
Para a safra 2017/18, a perspectiva é de que as ofertas sejam ainda maiores, no entanto é importante a recuperação do consumo de artigos têxteis no país, a fim de haver destinação para o produto.
A parcial recuperação econômica do Brasil em 2017 estimulou as indústrias têxteis após dois anos no campo negativo, trazendo, inclusive, reflexos no saldo positivo de empregos no setor durante quase todo o ano, de acordo com a Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No entanto, apesar do poder de compra da população ter melhorado nesse período, o consumo de produtos nacionais no setor têxtil tem sido reprimido pelo aumento das importações de produtos de vestuários e acessórios.
“Para se ter uma ideia, em 2017 os volumes importados desses produtos cresceram 51,3% em relação a 2016 e tal movimento pode continuar em 2018, visto que em fevereiro de 2018 as importações já aumentaram 45,8% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Com isso, apesar de o consumo da população estar em recuperação, o aumento das importações pode ser um fator limitante para as indústrias têxteis neste ano, o que pode impactar o consumo interno do algodão”, explica o relatório do Imea.
Exportações
De acordo com o presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Henrique Snitcovski, o mercado interno consome cerca de 700 mil toneladas de algodão e o excedente é exportado. Vietnã, Indonésia, China, Bangladesh, Turquia, Paquistão e Coreia do Sul são os principais compradores e representam 70% dos embarques de algodão do país.
“A estimativa é de uma safra de 1,6 milhão de toneladas e as perspectivas para 2019 são boas também. As vendas antecipadas representam 55% da safra de algodão no país, pois as exportações é que dão a liquidez necessária e os preços são favoráveis”, avaliou.
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