Um grupo de manifestantes invadiu o Cenarium Rural, na manhã desta segunda-feira (12), onde acontece o evento Gazeta Agro, protestando contra o agronegócio. Aos gritos de o “agro mata”, jogaram sacos de milho em frente ao dispositivo das autoridades, onde estão os ministros da Agricultura, Blairo Maggi, do Meio Ambiente, José Sarney Filho, o governador Pedro Taques e o presidente do Grupo Gazeta de Comunicação, João Dorileo Leal. As manifestantes – todas elas mulheres – foram contidas pela equipe de segurança. O episódio ocorreu logo após a execução do hino nacional. As manifestantes também afirmaram que os índios sofrem em razão do agronegócio.
O governador Pedro Taques (PSDB), que tomou a palavra logo após o discurso do presidente do grupo Gazeta de Comunicação, João Dorileo Leal, contornou a situação. Nas suas palavras, afirmou que antes da democracia, se matava e excluía. E hoje as pessoas têm o direito de se manifestar, está previsto na Constituição.
Para o governador, episódios como este são verificados em razão do preconceito, oriundo do desconhecimento, “de ideologia, de ódio, de intolerância, de rancor”.
“Não descansem produtores enquanto o preconceito não for superado. Alguns ainda os veem como desmatadores e líderes de organizações para acabar com o Meio Ambiente”, disse em tom de recado aos produtores presentes.
Para ilustrar o que dizia, Taques ressaltou que Mato Grosso se destaca na produção de grãos e carne, mas também no que diz respeito à preservação ambiental. Mato Grosso possui 63% de sua área preservada, algo que corresponde ao tamanho do estado da Califórnia, da França e da Espanha.
Conforme Taques, Mato Grosso entre 2002 e 2014 diminuiu em 89% o desmatamento ilegal. De agosto de 2014 a julho de 2015, foi observado um aumento de 16% nesta prática. No entanto, de julho de 2015 até agora Mato Grosso já conseguiu reverter o quadro e reduzir em 29% o desmatamento. Existem ainda 16 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade que podem aumentar a área de produção sem desmatar mais nada.
“Temos ainda 7 milhões de hectares que podem produzir legalmente, mas não precisamos mais disso. Precisamos dos 16 milhões que podem ser recuperados. Até 2030 não estaremos produzindo Iphones. Temos vocação para o setor [agronegócio] e nós todos sabemos disso. Por isso, estamos com o programa Produzir, Conversar e Incluir (PCI)”.
Mato Grosso hoje é líder no que diz respeito à produção do algodão, sendo responsável por 69% de tudo o que é produzido no país. Em 2002 esse volume não passava dos 2%.
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