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Artigos Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2018, 13:14 - A | A

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Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2018, 13h:14 - A | A

Alimentação saudável

WILSON CARLOS FUÁH

Arquivo pessoal

Wilson Carlos Fuáh

 

Como será  que  alimentavam as pessoas durante as décadas passadas, onde não havia a ditadura da magreza e da “alimentação supostamente saudável”, será que era pior, ou melhor?

 

Hoje tudo faz mal, e as pessoas passaram a viver de recomendações e orientações, e estão declarando guerra contra a obesidade, e  na tentativa de viver de “alimentações saudáveis”, seguem orientações de profissionais que propõe um novo mundo da “cadeia” alimentar.

                                   

O simples prazer de alimentar, para muitos se tornou uma forma de castigo, porque  muitos vivem seguindo e ingerindo  alimentos diferentemente  dos seus desejos e comendo sem sabor, e como isso, produz  insatisfação ao corpo, principalmente em relação aos pecados da carne.

                                  

Muitos alimentos estão sendo colocados para escanteio, e aquela alimentação do tempo da vovó, hoje é inteiramente reprovável, e provavelmente por isso, as pessoas vivem em busca de modismo, e por não viver do óbvio, mesmo sabendo que homem é um ser carnívoro, mas tentam incluir em suas refeições folhas e fibras, castanhas e sementes, e que fatalmente o levará a ter depressão “pós prato”. É aquela tristeza ao alimentar sem sabor, e comer uma alimentação que nada tem a ver com a sua cultura alimentar, mas que em nome da “alimentação saudável”,  muitos vivem calculando calorias de todos os alimentos e vendo “o mal” em toda a cadeia alimentar, que sustentou gerações e gerações, usando simplesmente o tradicional: feijão com arroz, um ovo frito e um bife.

                               

Os meus antepassados fizeram da alimentação tradicional, um dos fatores para viver até próximo de um centenário, com alimentação simples e saborosa, e sempre diziam que a arte de comer começa no prazer de fazer, e que a alimentação começa bem antes da primeira garfada, ou seja, ao sentirmos o cheiro do alimento, faz com que comece a salivação que ajuda na mastigação, e o sabor faz com que possamos ficar mastigando os alimentos por muito mais tempo. Isso naturalmente facilitará na digestão. Mas ao ingerir um alimento sem cheiro e sem sabor, essas etapas são atropeladas.

                            

Não existe uma pesquisa que promova uma comparação do que será melhor para as pessoas no futuro, se as folhas, castanhas, sementes e fibras, em relação às alimentações tradicionais, e qual das duas aumentará a longevidade, ou mesmo,  qual delas é mais rica em nutrientes para a saúde humana.                                               
              

As pessoas estão descartando o simples e estão se especializando em coisas sofisticadas, difíceis e inúteis, e decididamente esses são os nossos maiores problemas ao participar do espetáculo da vida: que é não enxergar as respostas óbvias, simplesmente por não querer viver  na simplicidade.
               

Como dá saudade das “comidas” tradicionais desta terra, um “ensopadão” de costela, tendo com ingredientes: banana da terra madura, batata doce, espiga de milho verde, mandioca, folhas de repolho, abóbora, maxixe e o tempero a gosto, tudo cozido no caldeirão de ferro.

              

Sem falar da “Maria Izabel” com farofa de “banana bem madura”; ou costelinha de porco com arroz e pequi; ou carne seca com banana verde;  e as tradicionais linguiças cuiabanas assadas no forno; sem esquecer ainda  das feijoadas cuiabanas feitas com “osso de corredor com muito tutano” e tendo como componentes: a carne de peito “seca” e a ubre de vaca gorda também seca ao sol, cozida no fogão de lenha até que o feijão ficasse no “djeito”.  

            

Como deixar tudo isso perdido no tempo e aderir  a ditadura da “alimentação saudável” sem cheiro e sem sabor? Será que o processo de alimentar sem prazer vai virar  moda em 2020?

 

*Wilson Carlos Fuáh é economista, especialista em  Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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