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Artigos Sexta-feira, 03 de Fevereiro de 2017, 16:26 - A | A

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Sexta-feira, 03 de Fevereiro de 2017, 16h:26 - A | A

Dois dias que vão durar dois anos

Se não mudarem as posturas dos anos anteriores as dificuldades serão ainda piores

JOÃO EDISOM

 

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João Edisom

 

Sempre marcamos o tempo com base em dias, semanas, meses e ano. Mas tem dias e épocas que duram mais que sua própria existência física. Podemos dizer que a vida começa a fazer menos sentido quando você tem a impressão de que os dias que virão não serão melhores dos que os que já se foram. E os dois primeiros dias de fevereiro prenunciam isso.

 

Os dois primeiros dias de fevereiro de 2017 começaram quentes no Brasil. Em Mato Grosso, o novo presidente da Assembleia Legislativa tomou posse e na Câmara de Vereadores de Cuiabá iniciou o ano legislativo, ou seja, período de trabalho para os vereadores. Em Brasília tivemos as eleições no Senado e na Câmara dos Deputados que escolheram suas novas mesas diretoras, além do sorteio para o novo ministro relator da Operação Lava Jato.

 

Na Câmara de Vereadores da capital se espera dias melhores em que os jargões, tais como “Casa dos Horrores”, possam ficar para trás. Para tanto, o modelo de comunicação e diálogo com a sociedade terá que mudar. Caso contrário a disposição da sociedade com os nobres edis é zero. Se não mudarem as posturas dos anos anteriores as dificuldades serão ainda piores, uma vez que as coisas ruins e erradas não ficam escondidas e vão continuar existindo. Portanto, tem que saber publicitar as coisas boas que fazem, mas ninguém fica sabendo.

 

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso houve troca na mesa diretora. Troca de posições e de pessoas. O presidente que sai, deputado Guilherme Maluf, vai para a primeira secretaria e o presidente que entra, deputado Eduardo Botelho, veio da primeira vice-presidência. Então, muda alguma coisa? Muda sim. São personalidades diferentes, histórias de vida e de atuações diferentes. O bom é que o que foi construindo nestes dois anos terá sequencia, ou seja, mais debates, liberdade parlamentar, maior participação da sociedade e interiorização das atividades do parlamento.

 

Já no nacional a coisa ficou do igual para pior. No Senado, Eunício Oliveira, uma espécie de puxadinho de Renan, venceu a eleição com 61 votos dos 81 possíveis, inclusive com o senador José Pimentel (PT-CE), em um grande acordão para permanecerem no poder. Depois vem o povo do golpe dizendo que foi traído? Quem escolheram para caminhar junto? O povo fingido! Já o Renan foi para a liderança do PMDB, ou seja, fechou o cerco em torno do poder. Vai gerir a maioria dos votos no Congresso além de ter a maioria das prefeituras do Brasil. Quem dará as cartas daqui para frente é Renan Calheiros e ninguém tasca. Pobre Brasil!

 

Vale ainda destacar que dos seis membros da mesa diretora do Senado, o novo presidente é citado em três delações na Operação Lava Jato e os outros também são alvo de denúncias ou têm pendências no STF. Gladson Cameli (PP-AC) é investigado na Lava Jato, enquanto José Pimentel (PT-CE) é alvo de inquérito na Operação Zelotes, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) é investigado por crimes contra a ordem tributária e formação de quadrilha, o Zezé Perrella (PMDB-MG) é acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público de Minas Gerais, João Alberto Souza (PMDB-MA), por sua vez, foi convocado para depor como testemunha do ex-senador Gim Argello (PTB-DF), preso na Operação Lava Jato. Durma com um barulho deste.

 

Na Câmara dos Deputados foi reeleito Rodrigo Maia do DEM, citado na operação Lava Jato como ponto de interlocução dentro da Câmara na defesa dos interesses da empresa e parceiro de primeira hora do Palácio do Planalto. Lembrando que foi candidato contestado constitucionalmente e só tendo sua candidatura confirmada após análise do Tribunal Superior de Justiça. Apesar de todas as ações, protestos e suspeitas e desconfianças, Rodrigo Maia foi eleito em primeiro turno com 293 votos dos 513 possíveis. Isso prova que polêmicas, denúncias e nome em delação não perturba brasileiro. Se a justiça não barra, quanto pior melhor.

 

Para finalizar, no Supremo Tribunal Federal foi sorteado o novo relator da Operação Lava Jato. Será o enigmático Edson Fachin, em substituição ao ministro Teori Zavascki, falecido em um acidente aéreo. Luz, sabedoria e honestidade em abundância ao novo relator. O Brasil precisa.

 

Apresar de tudo, que não percamos a esperança, assim com na letra da música do Jota Quest, Dias Melhores. “Vivemos esperando dias melhores; dias de paz, dias a mais, dias que não deixaremos para trás. Vivemos esperando o dia em que seremos melhores; melhores no amor; melhores na dor; melhores em tudo. Dias melhores pra sempre”...

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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