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Artigos Sexta-feira, 03 de Fevereiro de 2017, 14:33 - A | A

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Sexta-feira, 03 de Fevereiro de 2017, 14h:33 - A | A

O Porto, o rio e a cidade de Cuiabá

Todo Porto é um local de chegada e partida, o nosso não é diferente

PEDRO FELIX

Arquivo pessoal

Pedro Felix

 

Cuiabá vai fazer 298 anos de idade. Não é tão velha assim, mas, nasceu no primeiro momento da história do Brasil, o período colonial. Sua História começa a partir do rio que lhe empresta o nome, na espacialidade da região do Bairro do Porto. Todo Porto é um local de chegada e partida, o nosso não é diferente, uma de suas vertentes limita-se com o Rio Cuiabá e a cidade de Várzea Grande.

 

O Porto é rico em histórias e monumentos, que de formas emblemáticas contribuíram e contribuem com a história de Cuiabá. No início da Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá (1722), existiam duas porções geográficas. O centro da cidade e o Porto. Pelo Porto chegaram os primeiros bandeirantes, entre eles Manuel de Campos Bicudo, seu filho Antônio Pires de Campos e os fundadores da cidade Pascoal Moreira Cabral e Miguel Sutil.

 

A chegada dos primeiros povoadores pelo rio, também deu origem as diferentes versões sobre de onde vem o nome Cuiabá. A versão mais prosaica e pitoresca é aquela do índio, que na beira do rio com sua cabaça e por descuido a fez cair, criando o barulho na água e virou Cuia que Vá. Pela corrupção da língua portuguesa, virou Cuiabá. O mais engraçado que as margens do rio tinha muita Cabaça, ou Porongo, dando a ideia que a lenda persegue a realidade, ou vice-versa. Não concordando com a lenda, pesquisadores divergem e atribuem o nome a quantidade de lontras no local, criando o termo “Ikuiaverá”, que em tupi guarani, quer dizer Lontra brilhante.

 

A academia, no entanto, persegue outra linha de pensamento, demonstrando que o termo advém da toponímia borora, que pescava peixe com arpão, na antiga prainha, especialmente onde ela joga suas águas no rio Cuiabá. Lá estava o Ikuiebo, e com as transformações do nome chegamos a Cuiabá. Isto na região do Porto. O Porto também no século XVIII, dividia geograficamente o rio em Rio Acima (Rosário Oestes, Nobres, Acorizal) e Rio Abaixo (Santo Antônio do Leverger), locais de produção de gêneros de primeiras necessidades que abasteciam as minas de Ouro da cidade. O Porto e o rio têm uma relação simbiótica, onde mercadorias manufaturadas num primeiro momento, e industrializadas do século XIX em diante, chegavam e partiam em canoas, e pequenos barcos, que traziam inovações tecnológicas e levavam Açúcar, Borracha, Poaia, Algodão etc. As distâncias com outros centros urbanos encurtaram, num primeiro momento (século XVIII), o centro principal, que era São Paulo chegava-se com quatro a seis meses a Cuiabá.

 

Mas as distâncias diminuíram com o advento do vapor e no século XIX, navegando-se com navios de pequenos e médio portes chegavase com 30 dias no Rio de Janeiro. Isto tudo ficou para trás e hoje Cuiabá está integrada a qualquer centro regional, nacional e internacional, por rotas terrestre, fluvial ou aérea. Mas o Porto continuou com sua função de contato com o rio Cuiabá e de fronteira com a cidade de Várzea Grande e hoje, devido a uma revitalização recente é o mais novo cartão postal de nossa cidade. No entanto, esta obra que demorou tanto, podia esperar mais um pouco para ser concluída.

 

Na loucura de colocá-la no rol de obras concluída, o governo anterior pecou por entregar este presente para a cidade, de forma incompleta e cheia de defeitos. Durante aquele governo, havia uma assertiva de que as obras entregues eram sempre de qualidades. Pecou ao entregar desta forma, esta e o Parque das Águas. Vamos ver se as outras obras entregues anteriormente vão ter as mesmas (des)qualidades, entre elas os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), e as outras unidades escolares.

 

*PEDRO FÉLIX é Historiador e escreve em Cuiabá.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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