O trabalho de recolhimento de boletins de urnas foi feito no dia da eleição, após os procedimentos de totalização dos votos. O objetivo era verificar a correção da contabilização dos votos por meio da comparação com os boletins de urnas impressos. Como seria inviável recolher todos os BUs para fazer uma apuração paralela, as Forças optaram pela adoção do uso da amostragem.
Primeiramente, os militares pensaram em selecionar uma amostra de 385 seções eleitorais. No fim, aumentaram em 20% esse total de seções fiscalizadas, definindo 462 seções eleitorais. Todas as capitais tiveram pelo menos uma seção selecionada para que os militares copiassem o boletim de urna. O Estado com maior número de seções fiscalizadas foi o Rio Grande do Sul, com 29, seguido por São Paulo (17 seções), Paraná (12), Mato Grosso do Sul (11) e Minas (dez).
A coleta dos boletins de urna foi feita por militares designados que compareceram aos locais das seções eleitorais sorteadas, ao término da votação. O militar destacado fez fotos de todos os boletins de urnas da seção sorteada. Além disso, foi feita a coleta de dados por meio do QR Code dos boletins. Esses militares repassaram os dados para seus chefes e o trabalho de verificação do processamento das informações coletadas foi feito em Brasília, no Ministério da Defesa.
Foi para lá que o presidente Jair Bolsonaro foi acompanhar a apuração do primeiro turno. Ali foi feita a comparação das informações contidas nos boletins de urnas recolhidos nas seções eleitorais após a votação com as informações obtidas no aplicativo do TSE.
Por enquanto, sabe-se que nada importante foi verificado pelos militares. A Defesa, no entanto, manteve silêncio injustificável sobre o resultado de seu trabalho, apesar de o TSE ter divulgado que os testes pedidos pelos militares descartaram fraudes nas urnas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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