Em discurso durante sessão na Casa, o vereador mostrou o dinheiro que estava dentro de uma mochila e anunciou que jogaria as notas pela janela. As pessoas se aglomeraram na rua, em frente ao prédio, para pegar as cédulas.
"Aqui está uma mochila de dinheiro para eu renunciar ao mandato. Eu não vou renunciar, eu não vou renunciar. Está aqui ó mostrando as notas para o povo não dizer que estou com uma mochila vazia. Pode filmar que eu não tenho medo não, já disse que a minha vida está na mão de Deus", disse o vereador durante a sessão. "Eu vou jogar pela janela aqui porque o que é do povo, dinheiro da saúde, dinheiro da educação, ele tem que ir para a mão do povo."
Ao Estadão, o vereador disse que recebeu uma mochila com o dinheiro de um primo do prefeito. Segundo Sababá Filho, o valor seria para convencê-lo a renunciar ao seu cargo na Câmara. "Ele tentou me subornar porque o meu suplente é aliado dele. Eu poderia ter entregue direto na polícia, mas o que eu fiz foi uma ação de revolta", disse.
O valor é 18 vezes maior que o salário dele como parlamentar, de R$ 4.500.
Sababá Filho informou que vai apresentar uma ação ao Ministério Público para pedir a cassação de Facinho. Segundo o vereador, o Legislativo municipal é dominado por aliados do prefeito, o que tornaria impossível a abertura de um processo de impeachment. "Pedir a saída de um prefeito em uma cidade do interior é como enxugar gelo. Eu estou indo para São Luís para pedir que ele seja cassado", afirmou.
O Estadão tentou entrar em contato com o prefeito, mas não obteve resposta até o momento.
(Com Agência Estado)
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