A Ponte Benedito Figueiredo, construída em 2014 como obra de mobilidade da Copa do Mundo, será reaberta aos condutores na próxima segunda-feira (19), a partir das 6 horas da manhã. A obra de arte estava interditada sob risco de desabamento, pois a correnteza do Rio Coxipó “arrastou” parte da cabeceira.
Não será permitido o transito de veículos acima de 4 toneladas. As placas de aço, instaladas pela Prefeitura de Cuiabá, sobre a ponte serão mantidas. A manutenção é necessária no momento, pois a malha asfáltica na cabeceira foi danificada. Após as chuvas pararem, uma empresa deverá fazer a reconstrução da malha viária.
De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), a ponte foi construída em local inadequado, onde o rio faz uma curva. Como trata-se de um rio com uma ‘calha’ estreita, ganha muita velocidade quando enche. Em algum momento, entulhos dispensados no rio fizeram com que ele mudasse de leito, avançando sobre a cabeceira.
"As águas acabaram descascando os pilares, a proteção dos pilares foi toda tirada e ficaram expostos. Não foi defeito de construção, foi a natureza do rio, ela que provocou esse dano e vai continuar provocando em outras obras de arte", afirmou o secretário Wilson Santos, durante coletiva de imprensa realizada na Ponte Benedito Figueiredo, na tarde desta sexta (16).
Para o secretário, será necessário colocar o rio em seu leito original para garantir que a obra tenha maior durabilidade. De acordo com Wilson Santos, a Secid já possui a autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para dragar a areia e retirar pedaços de madeiras, entulhos e demais materiais que facilitaram a formação de uma ‘ilha’.
"Nós vamos tirar a ilha que foi formada no meio. Já temos autorização da Sema para a Secid fazer, assim que tiver condições naturais, nós vamos retirar uma montanha de areia, entulhos, fogão velho, colchão, geladeiras, sofás e troncos de árvores que ajudou a formar essa ilha e desviar o leito", garantiu o secretário.
A abertura foi necessária para desafogar o trânsito da avenida Fernando Correa da Costa, após o início do ano letivo nas escolas estaduais. Apesar de reabrir para o fluxo de veículos, a obra ainda não foi concluída. A empresa Conenge Construção tem prazo de 90 dias para concluir a intervenção. O prazo está chegando na metade nesta semana.
“Ontem nós observamos um grande congestionamento na Fernando Correa, justamente devido o início das aulas. Dia 19 todas voltarão a funcionar, então isso vai impactar no trânsito da Fernando Correa”, afirmou o secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Antenor Figueiredo. O secretário ainda deu ‘nota 10’ para o trabalho integrado entre o Governo de MT e Prefeitura.
A Defesa Civil deverá emitir um lado atestando a segurança para os condutores. De acordo secretário da Defesa Civil de Cuiabá, coronel do Corpo de Bombeiros, Paulo Wolkmer, a retirada da ‘ilha’ foi uma determinação do órgão municipal. Ainda segundo o coronel, do ponto de vista de segurança o modelo de contenção adotado pelo estado é extremamente seguro.
"O trabalho foi muito bem feito. A técnica é adequada, a forma de compactação e contenção da encosta. Então não temos mais o risco aqui, dificilmente uma energia movida no sentido de que estava movendo, oferecerá riscos no modelo como oferecia anteriormente. O risco não se repete com esse modelo", finalizou o coronel.
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