O final de 2017 já se aproxima e, até hoje, 10 meses após a virada do ano, servidores públicos do município de Confresa (distante cerca de 1.200 km de Cuiabá) ainda não receberam o 13º salário, referente a 2016. A denúncia foi feita por um grupo de funcionários e confirmada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. O presidente da entidade, Paulo César Carvalho, classificou o descaso do poder público como “um fato grave”.
“Muitos desses trabalhadores que têm esse salário de décimo a receber estão em uma situação caótica, já estão devendo seus credores e até o comércio local sente com essa situação de descaso”, disse em entrevista à rádio Centro América FM.
Conforme o representante dos funcionários, o prefeito atual do município Rônio Condão (PSDB), que era apoiado pelo ex-gestor Gaspar Domingos Lazari (PSD) nas eleições, chegou a se reunir com o sindicato, ocasião na qual fizeram um acordo de parcelamento da dívida. No entanto, o combinado foi apenas cumprido de forma parcial, já que a prefeitura pagou parte dos servidores.
Aos funcionários, a prefeitura municipal alega não ter recursos financeiros para arcar com a dívida. No entanto, segundo o presidente do sindicato, tem adotado medidas contraditórias. “Não tem dinheiro para pagar os servidores, mas vem aumentando verba indenizatória dos secretários, aumentando salários dos secretários e não paga aquilo que deveria ser pago”.
De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o município de Confresa é um dos 20 que apareceram em estudo como com situação financeira crítica. Das 122 cidades do estado, essas já teriam estourado o limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Até o momento, a prefeitura não informou aos funcionários um planejamento para quitar as dívidas.
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