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Cidades Sexta-feira, 30 de Março de 2018, 14:50 - A | A

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Sexta-feira, 30 de Março de 2018, 14h:50 - A | A

NA ESTRADA DO MOINHO

Deficiente mora há 8 meses em barraco improvisado

JESSICA BACHEGA

Há oito meses Paulo Benedito de Andrade, 57 anos, mora em um abrigo improvisado às margens da Avenida Archimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho). Apesar de não ter uma perna, o deficiente não conseguiu se aposentar. Sem emprego e dinheiro para pagar o aluguel, ele mora na rua. A estrada do Moinho é apenas mais um dos inúmeros endereços pelos quais passou em Cuiabá.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

paulo/morado de rua

 O idoso Paulo está sobrevivendo de doações

Na calçada, o homem divide o cubículo insalubre com um amontoado de roupas doadas, alguns mantimentos e as muletas nas quais se apoia para a locomoção. O colchonete fino e já surrado no qual dorme todas as noites estava exposto ao sol na manhã em que a reportagem do HiperNotícias esteve no local. Devido as constantes chuvas registradas na Capital, o colchonete, assim como tudo na “casa”, está sempre molhado.

 

Do lado de fora da moradia está um fogão improvisado em uma lata de tinta, duas cadeiras para as “visitas” e uma prateleira onde armazena mantimentos que recebe das pessoas.

 

“Eu vivo do que as pessoas me doam. Quando eu tenho dinheiro eu pago aluguel. Quando não tenho eu moro na rua. O que eu queria era uma casa para morar. Já fiz cadastro nesses programas e nunca recebi nada. Tem cinco anos que tento me aposentar e também não consigo. Nunca ninguém veio aqui ver a minha situação”, declara o homem sentado em uma das cadeiras em seu “quintal”.

 

Ele afirma que nunca recebeu qualquer apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (SMASDH). Afirma que chegou a morar em albergues, mas que foi embora porque disseram que ele só poderia ficar provisoriamente no local.

 

Atualmente desempregado, Andrade já trabalhou como caseiro em chácaras de Cuiabá, em lojas de auto peças e em supermercados. Afirma que ultimamente tem encontrado grandes dificuldades em encontrar serviço.

 

Perguntado sobre o motivo pelo qual perdeu parte da perna direita, o homem muda a feição e se limita a dizer que foi em um incêndio. Diz que não gosta de falar no assunto, mas revela que foi atacado e teve parte do corpo incendiado depois que ganhou um prêmio de loteria. “Se soubesse que iria ficar assim eu nem teria feito aquela aposta”, declara e logo muda o rumo da conversa.

 

Embora enfrentando tantas dificuldades, o homem afirma que leva a vida com um sorriso no rosto e alegria. Se diz um artista e que tem algumas canções autorais. Que sua ideologia de vida é ser livre, por isso nunca se casou e não tem filhos. “Eu não tenho preocupação com nada. O que eu posso fazer? Preocupar não adianta”, declara. O sem teto diz que tem irmãos e sobrinhos em Cuiabá.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

paulo/morado de rua

 

Paulo Andrade revela que anos 90 frequentou por dois semestres o curso de engenharia florestal na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mas não se adaptou a rotina universitária e abandonou a graduação. Lembra que quando ainda tinha as duas pernas participou de provas de atletismo e natação na UFMT sendo campeão em algumas vezes.

 

Emocionado e feliz em lembrar a juventude ativa, Paulo Andrade conta que hoje depende da ajuda das pessoas que doam roupas e comida para sobreviver.

 

Sem previsão para deixar o local, o homem conta com a solidariedade de estranhos.

 

A prefeitura foi procurada e informou que não sabia da situação de Paulo. A assessoria da SMASHDH informou que irá encaminhar um técnico ao local para averiguar a situação do morador e buscar medidas para ajudá-lo.

 

Esclareceu que pessoas que estão nos albergues e não tem para onde ir, podem permanecer no local pelo tempo que precisar. Elas não são convidadas a deixar o local como informou Paulo.

 

 

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Juracy Ady 31/03/2018

Não ter uma perna não justifica aposentadoria. Pode exercer outras atividades laborais. Para se aposentar tem que contribuir com INSS. Previdência não é caridade. Basta ele retornar ao albergue dos idosos. Está de portas abertas. O problema é que tem horários e muitos querem chegar de madrugada. Aí não né? Juracy.

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