Servidores do Detran são presos em manifesto na porta do Palácio Paiaguás

Um confronto entre a Polícia Militar, que faz a guarda do Palácio Paiaguás, e servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) gerou duas prisões e bastante alvoroço no Centro Político e Adminstrativo nesta manhã de terça-feira (31). 

Luis Vinicius - HiperNotícias

 Manifesto acontece na porta do Palácio Paiaguás

Os servidores estavam manifestando na porta do palácio quando tiveram os portões fechados pelos policiais, o que impossibilitou a entrada das pessoas na unidade do governo. 

Em seguida começou a manifestação dos servidores que resultou em duas prisões. A assessoria do Sindicato dos funcionários do Detran confirmou que a Polícia Militar chegou a jogar spray de pimenta e gás lacrimogêneo noas manifestantes.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o exato momento em que os servidores são presos pelos policiais. Um deles chega a ser enforcado pelo policial e acaba jogado no chão, antes de ser levado para o camburão. Em outro trecho do vídeo, o policial joga gás de pimenta nos olhos de uma servidora, que também acaba presa. 

A situação é bastante hostil, principalmente porque o sindicato pede um acordo com o governo há mais de 40 dias e nada foi firmado. Os servidores estavam a caminho da Casa Civil quando tudo começou. 

De acordo com a assessoria do Sinetran, a presidente do Sindicato, Daiane Renner, constatou que a polícia manteve os dois servidores por cerca de 40 minutos dentro da viatura, em frente a Casa Civil, e que apenas os levou do Palácio com a chegada da imprensa. A assessoria jurídica do sindicato está buscando informações sobre o local para onde os manifestantes foram levados.

As informações dão conta de que, no total, três servidores acabaram detidos, sob justificativa de desobediênca. 

Um representante do Sinetran informou que o grupo, formado por cerca de 80 servidores, está no local desde as 9h, quando se deslocaram ao Palácio na expectativa de conseguirem dialogar com representantes do governo. No entanto, foram recebidos com os portões fechados. Segundo ele, como forma de pressão, os manifestantes resolveram trancar a via de acesso à Casa Civil. "No entanto, era pacífico. Ficamos todos sentados, aguardando que fossem atentida nossa reinvindicação. Porém ele mandou o batalhão inteiro para cá. Uma tropa de choque, praticamente, com gás lacrimogênio e tudo.  Saíram na cacetada, arrancando faixa".

De acordo com o aspirante Jonathan Corrêa, a prisão dos três servidores se deu unicamente em função da resistência diante da ordem de liberação da via pública. "Nós reconhecemos que todos os servidores têm seu direito constitucional de reinvindicar seus direitos. Porém nós também temos que pensar que toda a sociedade tem seus direitos, como o direito de ir e ir. Eles estavam cerceando esses direitos". Conforme o policial militar, os manifestantes foram encaminhados ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisc) do bairro Planalto.

Por enquanto, nem um representante do governo se pronunciou sobre o ato.

Atualizada às 11h36. 

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