O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, e o da Alemanha, Olaf Scholz, que foi nomeado há pouco tempo, falaram antes de uma reunião mais tarde nesta sexta-feira entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron.
"A amizade é também reconhecer diferenças que devem ser resolvidas", afirmou Le Maire, após a reunião. "Nós colocamos uma série de diferenças concretas sobre a mesa que têm consequências significativas e eu garanto que vamos resolvê-las."
Macron defende uma reforma profunda na União Europeia e exige o maior compartilhamento de recursos e responsabilidades na zona do euro, que segundo ele é necessário para proteger o bloco de uma crise futura.
Durante um longo período de incerteza política em Berlim, porém, os planos de Macron ficaram estagnados. As autoridades francesas esperam que a visita de sexta-feira de Merkel e Scholz marque o início de negociações antes de um encontro de líderes da zona do euro, na próxima semana, a tempo de concordar com uma agenda de intenções até junho.
O novo governo alemão, porém, mostra pouca inclinação a revisão a tradicional oposição de Berlim a destinar recursos em um bloco onde muitos membros têm déficits e alto endividamento.
Em Paris, Scholz mostrou-se mais conciliador. Ele disse que o governo alemão saudou as iniciativas do presidente francês como um ponto de partida para as discussões. "Nós temos que fazer progresso com relação à união bancária, é preciso avançar em relação a todas as questões e propostas que estão sobre a mesa", disse Scholz. "Estamos muito satisfeitos sobre as iniciativas com as quais o presidente francês se comprometeu, que são um bom sinal para a Europa."
"Nós estamos muito perto de acordos, mas há dificuldades técnicas que têm consequências políticas, financeiras e econômicas muito grandes", disse por sua vez Le Maire. Fonte: Dow Jones Newswires.
(Com Agência Estado)
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