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Segunda-feira, 25 de Setembro de 2017, 15h:14

Administradora do tempo

Minutos antes de sair de casa ou aparece uma fralda recheada ou o choro por querer o peito

PETU ALBUQUERQUE

 

Michely_Figueiredo

 

Já tinha certa dificuldade em administrar bem o tempo antes de me tornar mãe. Mas depois que o meu pacotinho de amor veio ao mundo, parece que tudo ficou ainda mais complicado. É preciso uma dose “cavalar” de disciplina para cumprir todos os compromissos. E cada saída de casa se torna uma saga. É preciso começar o processo pelo menos duas horas antes do combinado para que não ocorram atrasos.

 

O mais curioso é que o bebê não costuma ajudar muito no processo. Minutos antes de sair de casa ou aparece uma fralda recheada ou o choro por querer o peito. É uma ginástica árdua, mas a gente vai se adaptando ao novo ritmo. Se antes todo o tempo era gasto somente para a escolha da roupa ou do sapato que seriam usados, ou ainda para fazer aquela make, hoje se consigo me vestir e dar uma ajeitadinha no cabelo já está de bom tamanho. As prioridades mudam.

 

Falando em compromissos, se aproxima o momento de retomar a vida profissional. E essa parte ainda está sendo dolorosa. Queria mesmo era poder passar pelo menos o primeiro ano desse serzinho acompanhando de pertinho cada descoberta, cada novo ciclo, sem delegar a função de assistir a uma creche ou babá. Mas o sistema é cruel. Fazem campanhas e mais campanhas dizendo que o aleitamento materno deve ser o alimento exclusivo do bebê pelo menos nos seus seis primeiros seis meses de vida. No entanto, nos concedem uma licença maternidade de apenas 4 meses. Existe alguma lógica nessa matemática?

 

O tempo deveria ser considerado o nosso bem mais precioso, ainda mais o tempo que passamos com aqueles que amamos. Contudo, atualmente cada vez mais substituímos o tempo por coisas materiais. Ao invés de passar mais tempo brincando com nossos filhos, os enchemos de brinquedos e tecnologia. Delegamos o cuidar à TV ou à internet. As relações se degradam e as consequências custam caro.

 

Sou novata nessa tarefa, mas espero conseguir administrar com primor o tempo, oferecendo a maior parcela dele a quem verdadeiramente interessa: a família!

 

Petu Albuquerque é psicoterapeuta reencarnacionista, balzaquiana, acredita na mudança e busca aperfeiçoar suas relações, no intuito de valorizar o que realmente interessa