O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro é o único preso da Penitenciária Central do Estado (PCE), a não aderir à greve de fome iniciada por detentos de nove presídios do estado no dia 5. Arcanjo está na PCE desde o dia 14 de setembro, quando chegou transferido do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
O retorno do preso para Mato Grosso foi autorizado pelo Tribunal de Justiça (TJMT) ainda em agosto, sob o argumento de que não haveria mais justificativa para que o ex-bicheiro fosse mantido na unidade federal. Desde a transferência, Arcanjo está em uma cela isolada, no raio cinco da PCE e segue sua rotina normal enquanto os demais presos mantêm o protesto.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindispen), João Batista informou que Arcanjo mantém sua rotina e não faz parte da mobilização entre os detentos. "Ele (Arcanjo) não entra nessa. Ele não acompanha essas ideias radicais e mantém a normalidade. Pela idade e pela fama, os outros presos nem se rebelam contra ele", enfatiza.
Segundo informações, os presos rebelados querem investimentos nas unidades prisionais principalmente no que diz respeito a saúde. Eles reclamam de falta de remédios, médicos, dentistas e tratamento da tuberculose para os detentos doentes. Além disso reivindicam soluções para a superlotação dos presídios estaduais.
Segundo o presidente, o clima é de tensão nas unidades da Capital PCE, Centro de Ressocialização (CRC) e Ana Maria do Couto. A mesma situação é vivida na unidade prisional de Capão Grande, em Várzea Grande. Os agentes estão alertas para um possível motim nas unidades.
Conforme o juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidélis, a reivindicação dos presos será levada para a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), mas ainda não há previsão de medidas para pôr fim ao protesto.
O advogado de Arcanjo foi procurado, mas não atendeu às ligações.
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