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Terça-feira, 05 de Dezembro de 2017, 14h:11

Tesouro Nacional vai acompanhar execução do Teto de Gastos em MT

FELIPE LEONEL

O secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira, afirmou que o Tesouro Nacional vai acompanhar a execução do Teto de Gastos em Mato Grosso. A equipe econômica do Governo Federal deve vir a Mato Grosso nesta semana para selar o acordo de auxílio financeiro ao Estado, além de discutir a renegociação da dívida dolarizada com o Bank of America.  

 

Alan Cosme/HiperNoticias

gustavo oliveira

 

De acordo com o gestor, o orçamento de cada secretária será o mesmo do ano de 2016, corrigido pela inflação. A União vai verificar, de dois em dois meses, se o orçamento executado pela pasta está enquadrado no Teto de Gastos. Com isso, o orçamento anual do Governo do Estado será dividido em seis parcelas.

 

“A receita, só nesse ano, cresceu um pouco mais de 4%. Se nós termos o mesmo gasto do ano passado, corrigido pela inflação, isso quer dizer que a gente vai ganhar espaço e a receita, finalmente, vai voltar a crescer mais do que a despesa”, disse o secretário, em entrevista à Rádio Capital FM. 

 

Ainda de acordo com ele, as secretarias devem começar o ano "algum dinheiro em caixa" para fazer frente as despesas, como pagamento de folha e custeio da máquina estadual, tendo em vista que os primeiros meses do ano, a arrecadação do Estado cai. Ele ainda prevê terminar 2018 com o Estado em uma posição “extremamente melhor”.

 

"Só de dívida, o Estado paga por mês mais de 80 milhões de reais, isso é praticamente um terço da folha de pagamento. A diferença do [orçamento das secretarias] que foi aprovado para esse ano, em relação ao que foi executado em 2016, dá quase R$ 25 milhões a mais por mês então a gente ganha espaço dentro orçamento", disse Gustavo.

 

O Estado de Mato Grosso espera R$ 600 milhões para fechar o ano “tranquilamente”. Com isso, espera guardar um pouco de “gordura” para ser queimada nos primeiros meses do ano, quando a receita de Mato Grosso costuma cair. Destes recursos, o Estado espera receber, ainda neste ano, R$ 370 milhões do Auxilio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX).

 

“O segredo é a gente começar como começou no ano passado, com algum dinheiro no caixa, que hoje está praticamente zerado. Assim a gente pode fazer frente aos meses de janeiro e fevereiro. A partir de março, quando arrecadação começa a subir, a gente tem esse resultado positivo”, finalizou Gustavo.