Faleceu neste sábado (23), em razão de um infarto e da diabetes, o artista plástico Nilson Pimenta, aos 60 anos. O governador Pedro Taques, o secretário de Cultura de Mato Grosso, Leandro Carvalho, e o secretário de Comunicação, Kleber Lima, lamentam a morte e se colocaram a disposição da família para ajudar no que fosse necessário.
“Que a família e aqueles que conheciam e aprenderam com Nilson Pimenta recebam as condolências em nome do Governo do Estado e tenha forças para superar este momento de dor”, disse o governador.
"Nilson Pimenta é um dos mais importantes, se não o mais importante artista de nossa geração. Lamentamos muito pela morte precoce e estamos à disposição da família para ajudar no que for necessário", afirmou o secretário Kleber Lima.
O secretário de Cultura, Leandro Carvalho, lembra a história de Nilson Pimenta. "O Brasil perdeu hoje um de seus mais importantes artistas visuais. Natural de Caravelas, na Bahia, Nilson adotou Mato Grosso, retratando-o com força e originalidade. Nilson Pimenta também teve uma importante atuação como orientador do Ateliê Livre do Museu de Arte e Cultura Popular da Universidade Federal de Mato Grosso, criado por Aline Figueiredo e Humberto Espíndola. Foi reconhecido dentro e fora do Brasil como um artista naïf de grande importância. Nos solidarizamos com sua família neste momento difícil e expressamos nossos sentimentos pela grande perda para a Cultura Mato-Grossense e Brasileira" afirmou.
Nilson Pimenta nasceu em 25 de junho de 1957 em Caravelas (BA), mas se mudou para o interior de Mato Grosso aos seis anos, onde trablhou no campo. "Sou 98% mato-grossense", dizia. Morando em Cuiabá, era servidor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). É considerado um dos mais importantes e atuantes pintores brasileiros na arte naïf. "A pintura naif é aquela de gente simples que não estudou mas tem muita historia pra contar", afirmava.
O artista já participou de várias exposições coletivas e individuais, nos mais importantes museus e galerias do Brasil e do exterior. Entre outras, integrou coletivas como a “Primitivos de Mato Grosso” no Museu de Arte de São Paulo em 1980; a “Brasil/Cuiabá: Pintura Cabocla” nos museus de Arte Moderna no Rio de Janeiro e em São Paulo, e na Fundação Cultural do Distrito Federal, em Brasília, em 1981. Em 1988 participou também da “Negra Sensibilidade”, exposta no Museu de Arte e de Cultura Popular, em Cuiabá. Atualmente, Nilson participou da “Naïve Paintings of Far-Western Brazil” na Galeria IZZI em Londres, em outubro 2006.
As premiações que chegaram em 1983 e 1985, no VI e no VIII Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio de Janeiro, inspiraram a escritora Aline Figueiredo, que descreve Nilson em seu livro “Arte Aqui é Mato”, como um artista procedente da vida rural.
Nilson Pimenta orientou vários alunos e pintores. Hoje, muitos destes são artistas renomados.
Os locais do velório e do enterro ainda não foram definidos.
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