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Sábado, 06 de Janeiro de 2018, 14h:00

Policial militar é condenado a 4 anos de prisão por assediar alunas no Colégio Tiradentes

JESSICA BACHEGA

O Policial Militar Alecssandro Leandro da Silva foi condenado a 4 anos e 9 meses de prisão por assediar duas alunas na Escola Militar Tiradentes, no ano de 2015. Naquela época ele era coordenador da escola e foi acusado pelas próprias alunas de cometerem os abusos.

 

Midia News

juiz Wladys Roberto do Amaral

 

A decisão é do dia 5 de dezembro de 2017 e assinada pelo juiz Wladys Roberto F. do Amaral, da Décima Primeira Vara Criminal Especializada Justiça Militar. 

 

Segundo o magistrado, ao declarar a condedação do policial, as alunas denunciaram à supervisão da escola e à Polícia a conduta de Alecssandro apenas em 2017. O réu aproveitava se deu prestigio perante a comunidade escolar e escolhida as adolescentes para assediar sem levantar suspeitas.

 

Sempre que os alvos iam à sua sala ele as abraçava e acariciava seus corpos. Não bastasse, fazia comentários inadequados e encaminhava mensagens de celular para as vítimas com conteúdo sexual.

 

“A vítima narrou que não contou os fatos imediatamente à sua genitora por receio de que ela não acreditasse, mencionando que passou a gravar as mensagens enviadas pelo denunciado e, neste ano de 2017, após não aguentar mais a insistência do acusado em lhe enviar mensagens, relatou os fatos à sua mãe, omitindo, todavia, que ele havia lhe apalpado as nádegas”, diz trecho da ação.

 

De acordo com o processo, umas das adolescentes contou à Polícia que “que no ano de 2015, quando estava no 9º ano, exercia a função de graduada na turma onde estudava e, certo dia, foi até a sala do denunciado para arrumar os carimbos, instante em que o réu adentrou no local, trancou a porta e a abraçou, passando a mão entre suas pernas e em suas nádegas”.

 

Ao tomar conhecimento dos fatos e visto as mensagens que o coordenador encaminhou às alunas, a diretora da unidade major Evandra Caroline Taques Senderski determinou o afastamento do policial.

 

A prisão preventiva do policial foi decretada em setembro de 2017 e a condenação prevê que a pena seja cumprida do regime semiaberto.