Desde que adotou posição de independência na Câmara de Vereadores de Cuiabá, o vereador Diego Guimarães (PP), sofre pressão de dirigentes partidários para adotar um discurso mais 'ameno' em relação a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Agora, o partido barrou a participação do vereador em grupos de WhatsApp e não o informa mais a respeito de reuniões da Executiva Municipal e Estadual.
Alan Cosme/HiperNoticias
"Eu não estou sendo convidado para as reuniões partidárias, então eu protocolei um ofício na sede do partido, solicitando que eu seja informado dessas reuniões partidárias, principalmente da Executiva Municipal. Comuniquei ao presidente municipal, Demilson Nogueira e o estadual, deputado federal Ezequiel Fonseca", afirmou o vereador Diego Guimarães ao HiperNotícias.
Diego foi um dos primeiros parlamentares a apoiar a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, para investigar o vídeo do prefeito Emanuel Pinheiro recebendo dinheiro, supostamente a título de propina, quando era deputado estadual. Como o PP possui cargos na prefeitura, o partido e os outros dois parlamentares da sigla na Câmara, Luis Claudio e Paulo Araújo, exerceram pressão sob Guimarães para mudar de postura.
O vereador Diego Guimarães, entretanto, nega que o partido tenha aplicado sanções ou represálias contra ele. Ele ainda garante a sua permanência na sigla. "O boicote continua, eu não participo das discussões, mas eu vou aguardar. Eu pedi para que me informassem", disse Diego. "Eu ainda não vi motivo para sair do partido, muito embora tenha esse desgaste, por outro lado muitos companheiros se solidarizam comigo", completou.
A reportagem tentou entrar em contato com os presidentes Municipal e Estadual, Demilson Nogueira e Ezequiel Fonseca, pelos telefones celulares, mas não fomos atendidos, nem obtivemos resposta sobre as declarações do vereador Diego Guimarães.