O Ministério Público Eleitoral (MPE) concordou com a dilação de prazo no processo que apura a suposta ocorrência de caixa dois na campanha do ex-governador Pedro Taques (SD), em 2014. A prorrogação atende à necessidade de oitivas do empresário Eraí Maggi, Erivelto da Silva, Juliano Bortoloto, Marcelo Benedito Maluf, Julio Modesto e Paulo Taques. O ex-governador também deve ser ouvido.
O inquérito policial foi instaurado ainda em 2019 a partir do acordo de colaboração premiada do empresário Alan Malouf no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele revelou suposto pagamento de R$ 820 mil por parte de Fernando Minisso à campanha de Taques de forma extraoficial.
Na delação, o empresário também denunciou Eraí Maggi, Erivelto da Silva, Juliano Bortoloto, Marcelo Benedito Maluf, Julio Modesto e Paulo Taques de fazerem parte do esquema para angariar fundos de forma ilegal.
A doação, segundo Alan Malouf, seria retribuída com a indicação de Minosso à Casa Civil. O cargo, entretanto, foi concedido a Paulo Taques, deixando o doador descontente. A desavença teria feito com que Minosso pedisse a devolução do dinheiro.
O montante de R$ 420 mil teria sido pago pelo grupo de empresários delatados por Alan Malouf em cotas de R$ 140 mil cada. O restante foi quitado por Paulo Taques.
"Alan Malouf aduziu que após o governador PEDRO TAQUES ter pedido a ele que viabilizasse o dinheiro para quitar a dívida com FERNANDO MINOSSO, o colaborador se reuniu com os empresários Marcelo Maluf, Juliano Bortoloto e Erivelton Gasques, ocasião em que decidiram atender ao pedido do governador e saldar parte da dívida com MINOSSO, a título de empréstimo", explica o promotor eleitoral Arnaldo Justino.
Em abril de 2020, o empresário Alan Malouf prestou depoimento à Justiça Eleitoral ratificando as informações contidas em seu acordo de colaboração premiada. Fernando Minosso também foi ouvido, mas refutou as informações prestadas por Malouf.
A autoridade policial determinou oitivas dos demais envolvidos, entretanto, antes que a medida fosse cumprida houve esgotamento dos prazos e os autos foram remetidos ao Ministério Público com pedido de dilação de prazo. No parecer, o MP concordou com o pedido concedendo mais 120 dias para a conclusão das investigações.
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