O secretário de Educação, Marco Marrafon, anunciou que irá tomar medidas judiciais contra o empresário José Carlos Pena, delator da Operação Rêmora. O empresário insinuou que mesmo após a deflagração da Operação, os desvios continuaram na Secretaria.
O empresário dono da BRP Construtora Ltda foi interrogado pela juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal, na tarde de quinta-feira (1) e disse que após a prisão dos servidores Fábio Frigeri, Moises Reis e Wander Dias e o escândalo de cobrança de propina na Seduc ser descoberto ele passou a sofrer ameaças e registrou dois atentados contra sua vida.
Pena relatou ainda que as represálias começaram após ele colaborar com a Justiça e também não recebeu os valores referentes aos serviços prestados à Pasta.
O empresário sugere que não recebeu os valores por não ter pago propina ao grupo que fazia as cobranças indevidas aos empresários facilitando repasses e êxito em licitações de quem pagava o grupo.
Em nota, o secretário ressalta que os repasses não foram feitos ao empresário porque sua empresa estaria irregular. Declara ainda que o Estado irá mover ação contra Pena por calúnia.
A Operação
O processo da Rêmora investiga a cobrança de propina em valores entre 3% e 5% de empresários que faziam parte do grupo escolhido por servidores da Seduc e o empresários Giovani Guizardi, responsável pelas cobranças.
São investigados na Operação Rêmora empresários do ramo de construção, o ex-secretário Permínio Pinto, o empresário Alan Malouf, os servidores da Seduc Fábio Frigeri, Moises Reis e Wander Dias e o empresário Giovani Guizardi. Estes são as figuras principais responsáveis por fazer a engrenagem da organização criminosa funcionando. Guizardi revelou que recolhei R$ 1,2 milhão dos empresários e repassou ao ex-secretário Permínio Pinto.
Os valores teriam sido divididos entre Permínio, Malouf, Guilherme Maluf e os servidores.
Nota na íntegra
A atual gestão da Secretaria de Estado de Educação vai tomar as medidas judiciais cabíveis contra o delator da Operação Rêmora, o empresário José Carlos Pena, dono da BRP Construtora Ltda.
Em depoimento à juíza Selma Arruda, na quinta-feira (1º/06), o empresário insinua que "esquemas de desvio de dinheiro continuariam" na Seduc, razão pela qual ele não teria recebido por serviços já executados.
Na verdade, a empresa de Carlos Pena estava com a documentação toda irregular na Seduc, o que impedia a secretaria de fazer pagamentos a ele. O empresário deve ser acionado por calúnia.
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