A juíza Selma Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, destacou em sua sentença que o fator de ter um ex-governador e membros de sua administração pública cometendo crimes contra a sociedade, não causaram apenas abalo moral incomensurável às pessoas, como também gera efeitos profundamente negativos na economia do Estado.
Alan Cosme/HiperNoticias
Para Selma, Mato Grosso foi exposto ao mundo. "É fato notório que Mato Grosso teve suas vicissitudes e seu pior aspecto expostos ao mundo todo com a notícia de que seu ex-governador chefiava uma organização criminosa composta por agentes públicos (secretários de Estado) dentre outros", descreveu a magistrada.
Ainda segundo a sentença da magistrada, o ex-governador traiu a confiança que recebeu da população que votou nele ao atentar contra a Administração pública e "ao receber propina do empresário João Batista Rosa, dono da Tractor Parts, que figurou como vítima e delator no processo".
A condenação
Silval foi condenado a 13 anos e 7 meses de prisão. Porém, por ser homologada sua colaboração premiada, ele cumpre pena em casa e segue monitorado por tornozeleira eletrônica.
A condenação é referente a primeira fase da operação Sodoma, na qual foi descoberta fraude no sistema de concessão de incentivos fiscais em Mato Grosso. O esquema teria começado em 2011, quando o empresário João Batista Rosa foi incluído no rol de beneficiários do sistema de incentivos fiscais mediante pagamento de propina.
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