O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito civil para investigar o ex-governador Silval Barbosa, o deputado estadual Mauro Savi (PSB) e Antônio Barbosa (irmão de Silval) por possíveis crimes cometidos no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). A investigação ficará sob responsabilidade do coordenador do Naco Cível – Núcleo de Ações de Competência Originária Cível - promotor Clovis de Almeida Júnior.
“Instaurar inquérito civil público com a finalidade de investigar supostos atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, com envolvimento do ex-Governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, de seu irmão, Antônio da Cunha Barbosa Filho, e do Deputado Estadual Mauro Savi, decorrente de retorno financeiro obtido por intermédio de empresa de assessoria, de propriedade de Vivaldo Lopes, em virtude de contratos firmados com o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso”, diz trecho da portaria publicada na última segunda-feira (13).
O inquérito tem por base a delação do irmão do ex-governador, Antonio Barbosa, que afirmou em sua colaboração que recebeu cerca de R$ 710 mil em propina paga por empresa fornecedora de lacres para o Detran. Ele ressalta que a propina teria sido negociada pelo deputado Mauro Savi e seria dividida com o ex-chefe do Executivo.
Conforme o delator, em 2011 foi procurado pelo ex-secretário adjunto da Fazenda, Vivaldo Dias, sob o pretexto de saber se Silval estava recebendo o valor da propina paga pela empresa de lacres. Dias alertou Antonio que o valor arrecadado girava em torno de R$ 65 mil a R$ 80 mil e seria dividida entre Savi e Silval.
A propina era passada pela fornecedora de lacres a uma empresa de Vivaldo Dias e repassado a Mauro Savi. O delator respondeu ao adjunto que não sabia de nada do assunto e buscou informações junto ao irmão.
O delator conta no documento que não estava recebendo nada, mas como o valor estava sendo recebido em seu nome, autorizou o irmão a pegar “sua cota” para sanar despesas de campanha.
Diante da ordem, Vivaldo passou e entregar a cota de Silval, em torno de R$ 30 a R$ 40 mil, para Antônio Barbosa. Entre os anos de 2011 e 2014 foram feitos cerca de 12 pagamentos. Em 2014 o contrato da empresa com o Detran foi rompido e os repasses suspensos.
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