O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) manifestou solidariedade à juíza federal Clara da Mota Santos Pimenta Alves, vítima de agressões verbais e xenofobia em um restaurante de Cuiabá. Na manifestação, endossada em plenário, o presidente da Corte, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, classificou como "repugnante" a discriminação que assola o país por viés político.
Baiana, Clara da Mota Santos Pimenta Alves atua como auxiliar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin e até setembro de 2022 fez parte do TRE-MT como juíza-membro titular.
Quando foi vítima de xenofobia, a juíza desfrutava de um momento de confraternização junto as duas filhas em um restaurante da Capital. Lá, foi agredida por um dirigente da petrolífera britância British Petroleum (BP), Adriano Bastos.
Segundo boletim de ocorrência, ele atribuiu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Bahia, estado que "não produz nada" e "não possui PIB". O executivo também se referiu ao eleitorado de Lula como "assistidos" e funcionários públicos que "não trabalham".
De acordo com a juíza, Adriano Bastos sabe de sua origem e de sua ocupação porque suas filhas convivem juntas há cerca de dois anos.
"É repugnante a discriminação que vem assolando este pais por causa de viés político. Cada um de nós temos a responsabilidade pelo futuro e de promover a pacificação, e para isso devemos começar a registrar esses fatos, essas agressões, e processar os seus autores", diz trecho da manifestação lida no plenário do TRE nesta terça.
Depois da leitura da manifestação, a vice-presidente e corregedora regional eleitoral do TRE-MT, desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, não só endossou o posicionamento como também se referiu ao dirigente da BP como 'covarde' por agredir uma mulher.
LEIA A MANIFESTAÇÃO NA ÍNTEGRA
“Ao encerrar esta sessão, quero manifestar a minha solidariedade a Dra Clara da Mota Santos Pimenta Alves, Juíza Federal, e que integrava até dias atrás esta Corte Eleitoral, pelas agressões verbais sofridas contra a sua pessoa e de sua família, por um indivíduo que certamente não tem as raízes mato-grossense. É repugnante a discriminação que vem assolando este pais por causa de viés político.
Cada um de nós temos a responsabilidade pelo futuro e de promover a pacificação, e para isso devemos começar a registrar esses fatos, essas agressões, e processar os seus autores.
Receba a minha solidariedade, Dra. Clara, e esteja certa que é assim que se deve agir mesmo, punindo os transgressores”.
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