Cinco policiais são investigados por explosão do caixa eletrônico do Comando Geral

A Corregedoria da Polícia Militar investiga cinco policiais pelo arrombamento do caixa eletrônico, localizado no pátio do Quartel do Comando Geral (QCG) da instituição, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), em Cuiabá. A informação foi confirmada pela corregedora geral da instituição, coronel Ridalva Reis de Souza.

Reprodução/HiperNoticias

 Bandidos invadiram o comando geral e explodiram caixas eletrônicos

O fato aconteceu na madrugada do dia 5 de dezembro de 2016, no momento em que não havia ninguém no quartel. Bandidos não identificados usaram explosivos nos dois caixas do comando.  Os policiais que faziam a guarda do quartel escutaram um barulho e acionaram o apoio de policiais do 3º Batalhão. Na época, uma equipe do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) chegou ao local e constatou o caixa eletrônico todo destruído. No entanto, os criminosos não conseguiram levar nada.

Os militares não foram afastados e continuam os trabalhos normalmente. No entanto, Ridalva não informou onde eles estão lotados.

A corregedora informou à reportagem que no dia da explosão, cinco policiais estavam responsáveis pela guarda do quartel. Eles estão sendo investigados por permitirem a explosão e não por cometerem o crime.

“Não tem policiais investigados pela explosão do caixa eletrônico. Apenas os policiais que estavam fazendo a guarda. Essa guarda é feita, rotineiramente, por três PMs no quarto de hora, mais o comandante e o sub comandante. Então são cinco policiais que ficam na sentinela. Os militares que estavam no local, em tese, são suspeitos, mas o foco da investigação é que eles deveriam ter feito a guarda e evitado a explosão do caixa eletrônico. Até agora não há nenhum indício de envolvimento ou participação deles no crime”, explicou Ridalva à reportagem.

A coronel contou que os autos da investigação foram encaminhados ao Ministério Público Militar que autorizará as diligências para encontrar os autores do crime. Contudo, ainda não há data para que as buscas sejam iniciadas.

“O encarregado do Inquérito Policial Militar solicitou várias diligências a serem autorizadas pelo Ministério Público Militar. Ele encaminhou os autos em fevereiro de 2017 e até agora os autos não retornaram à corregedoria com autorização de cumprimento dessas buscas. Os autos ainda não foram conclusos. Para concluir a investigação precisa de uma série de outras diligências que estão sendo analisadas pelo Ministério Público Militar”, concluiu a corregedora.

Um dia após a explosão, o governador Pedro Taques (PSDB) substituiu o então comandante geral, coronel Gley Alves de Almeida Castro pelo coronel Jorge Luiz Tadeu. Na época, o delegado Flávio Stringuetta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), admitiu que a tentativa de roubo ao caixa eletrônico pode ter contado com a participação de policiais. No entanto, o fato foi não foi confirmado pela Polícia Militar.

As investigações do caso continuam com a corregedoria e com o GCCO.

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