O cabo da PM Gerson Luiz Correia Junior disse em seu depoimento, prestado aos delegados Ana Cristina Feldner e Flávio Henrique Stringueta, que os dois números telefônicos da deputada Janaina Riva (PMDB) foram interceptados ilegalmente após o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), iniciar às investigações de um possível atentado contra a vida da juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda.
De acordo com Gerson, os números grampeados nessa investigação foram de pessoas próximas ao ex-deputado José Riva , que segundo a denúncia repassada pela própria magistrada, estaria tramando contra a sua vida. Pessoas próximas do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) também foram interceptadas.
O empresário Filadelfo dos Reis Dias e o jornalista Antônio Carlos Millas também teriam sido interceptados pelo Gaeco.
O cabo Gerson explicou que o caso começou ocorrer em agosto de 2015 e também entregou aos delegados o relatório 193/2015 que produziu para subsidiar a representação que solicitou os grampos nas pessoas que supostamente estariam ameaçando Selma Arruda.
No depoimento, o cabo diz que o promotor de Justiça Marco Aurélio Castro, teria pedido que ele fizesse cenário para a denúncia e assim realizar interceptações telefônicas em uma investigação contra o ex-governador Sival Barbosa (PMDB) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), José Geraldo Riva, e de pessoas próximas aos dois.
Para "validar" os grampos ilegais, foi criado um cenário, segundo Gerson, com uma trama de atentado contra a vida da juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda.
Ainda de acordo Gerson, a magistrada participou do repasse das informações sobre a denúncia.
O depoimento de Gerson ocorreu no Complexo Miranda Reis da Polícia Civil, na última segunda-feira (16), antes que a notificação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) chegasse oficialmente aos delegados, o que ocorreu somente às 20 horas do mesmo dia.
O ministro Mauro Campbell solicitou que todos os processos de investigação dos grampos telefônicos fossem remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Gerson Correa está preso desde o dia 23 de maio quando ocorreu as primeiras prisões do "Escândalo dos Grampos" em Mato Grosso.
Veja, em vídeo, o depoimento do cabo Gerson.
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