A Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá deu aval para os parlamentares recontratarem três servidores por gabinete, desde que não ultrapasse o limite de R$ 8 mil mensais. De acordo com o vice-presidente da Casa, vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), a decisão deve ser publicada em breve no Diário de Contas, mas alguns servidores já voltaram ao trabalho.
“Nós recontratamos apenas três servidores [por gabinete]. Na verdade, não era para ter demitido ninguém. Ou se possível recontratar todos aqueles que tinham sido demitidos dos gabinetes. Como não é possível, cada gabinete, dentro desse limite financeiro, poderá contratar mais três servidores”, afirmou Renivaldo Nascimento.
Como são 25 gabinetes com R$ 8 mil mensais à disposição, o valor total de gasto com a folha dos novos trabalhadores será de R$ 200 mil. Segundo Renivaldo, a recontratação foi possível graças a demissão dos trabalhadores. Isso possibilitou a Câmara fazer uma reserva de caixa. Ainda segundo ele, o ideal seria recontratar todos os servidores exonerados.
A Câmara concluiu um estudo, conduzido pelo vereador Gilberto Figueiredo (PSB), no qual sugere o corte de 140 cargos comissionados e priorizar a qualificação dos servidores. De acordo com Figueiredo, dos 480 funcionários comissionados, mais de 200 teriam salários entre R$ 1 mil e 1,5 mil. Na avaliação de Figueiredo, isso é insuficiente para contratar um profissional qualificado.
A mudança deve ocorrer por meio de um projeto de lei e deve ser aprovado ainda neste ano. “Nós estamos readequando o quadro funcional desta Casa. Temos de dar uma resposta também para a população de Cuiabá, mas sem comprometer os trabalhos da Câmara. É uma questão de necessidade, mas estamos buscando maior qualificação dos servidores”, finalizou Renivaldo.
Demissão em massa
A demissão de mais de 460 servidores em outubro ocorreu devido à falta de verbas para pagamento de salários, após a Justiça suspender o repasse suplementar da Prefeitura à Câmara de Cuiabá, no valor de R$ 6,7 milhões. O repasse foi efetuado um dia após ser apresentado o requerimento para criar a CPI do Paletó e levantou-se suspeitas de que o repasse seria uma maneira de "comprar apoio" dos vereadores.
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