O vice-presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), afirmou que seu colega de parlamento, Felipe Wellaton (PV), alvo de representação que pede a cassação por quebra de decoro, não será "queimado na fogueira". A representação apresentada por um cidadão intitulado Walter Molina, foi lida no plenário da Casa na última quinta-feira (19) e poderá culminar na perda de mandato do parlamentar.
"O Conselho de Ética vai analisar, verificar os fatos, ver a veracidade. Vai ouvir o vereador, ouvir quem está acusando, vai entrar no devido processo legal. Aqui não se queima ninguém na fogueira, não estamos no período da inquisição. Existe um processo e o vereador tem todo o direito de se manifestar, isso vai ser feito de forma democrática", garantiu Nascimento.
De acordo com Renivaldo, no momento não há nenhum pedido de cassação de Felipe Wellaton. Para isso, o presidente da Câmara, Justino Malheiros (PV), deve acatar a representação e a partir disso encaminha-la para o Conselho de Ética da Casa. Felipe foi alvo de três representações, porém, duas não tinham os dados do denunciante, como CPF, endereço ou identificação. Apenas o nome e assinatura.
"De plano, após a análise a Mesa Diretora já indeferiu. Tem a terceira que foi lida e vai ser analisada pela Mesa se preenche todos os requisitos. Não é cassação. É uma representação e foi apresentada por um cidadão, que tem todo o direito. Vamos analisar e essa Casa não pode se furtar de analisar qualquer solicitação de qualquer cidadão", afirmou o tucano.
Boatos sobre a cassação do parlamentar já vinham sido ecoados pelos corredores da Câmara de Vereadores, após o vereador ingressar com um pedido de suspensão do repasse de R$ 6,7 milhões, feito pelo prefeito Emanuel Pinheiro para a Câmara. O repasse, realizado dois dias após os parlamentares "enterrarem" a CPI do Paletó, foi suspenso pelo juiz Luis Aparecido Bertolucci Junior.
Na peça ingressada na Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, além de pedir a suspensão do repasse, ele também queria o afastamento do prefeito Emanuel. No texto, o vereador sugeriu que o repasse seria uma forma de "comprar apoio" dos parlamentares. Wellaton ainda comparou a Câmara à Assembleia Legislativa, quando ocorria pagamento de propina para os deputados apoiarem Silval Barbosa (PMDB).
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