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Política Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 08:28 - A | A

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Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 08h:28 - A | A

INTERESSE POLÍTICO

Cabo Gerson dá detalhes dos grampos e cita juíza e Gaeco em depoimento

RENAN MARCEL/PABLO RODRIGO

Em depoimento a delegada Ana Cristina Feldner, da Polícia Civil, o cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior disse que os grampos telefônicos ilegais e clandestinos praticados em Mato Grosso tinham objetivos estritamente políticos.

 

cabo gerson luiz

 

Também disse que o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, teria patrocinado as interceptações, com R$ 50 mil, que foram repassados ao coronel Evandro Alexandre Lesco, ex-chefe da Casa Militar.

 

As escutas começaram nas eleições de 2014 e, segundo Gerson Correa, os alvos na época eram os adversários do então candidato ao governo de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB).

 

Gerson Correa Júnior é apontado como o operador do sistema de espionagem ilegal. Ele trabalhou mais 10 anos no Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e lá era chefiado por Lesco.

 

No depoimento, ele ainda teria citado a juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda. E deu detalhes sobre o funcionamento das interceptações no Gaeco.

 

Ainda de acordo com o  cabo, os HDs do "Sistema Sentinela" teriam sido destruídos com todos os arquivos e áudios das interceptações clandestinas.

 

O cabo foi responsável por acompanhar e analisar o conteúdo de dos telefonemas grampeados nas investigações. Gozava de plena confiança dos promotores e era o chefe do setor de monitoramento de telefone.

 

Além de verificar o conteúdo das interceptações, Gerson produzia os relatórios e fazia os pedidos para a Justiça prorrogar ou incluir novos números no processo para serem grampeados.

 

Segundos as investigações, o “escritório de espionagem” funcionava em uma sala que o cabo mantinha.

 

As revelações foram feitas em tratativas de delação premiada com a Justiça de Mato Grosso.  No entanto, segundo a defesa do cabo, o acordo não foi firmado. Isso porque as investigações sobre os grampos telefônicos agora estão sob total responsabilidade do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

Na semana passada, o ministro Mauro Campbell Marques decidiu acolher o pedido feito pelo governador e pela Procuradoria-Geral da República para centralizar as investigações de interceptações telefônicas ocorridas no estado. Com isso, os procedimentos investigatórios sairam das mãos do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri.

 

A defesa do cabo Gerson emitiu nota à imprensa, na tarde dessa terça-feira (17), negando que o militar tenha firmado um acordo de colaboração premiada com a Justiça mato-grossense para ajudar nas investigações relativas aos grampos telefônicos clandestinos praticados no âmbito da Polícia Militar.

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