No próximo mês, lideranças do PSD em Mato Grosso se reúnem para discutir o rumo do partido nas eleições deste ano. Conforme o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, grande parte dos filiados à legenda defendem a saída do arco de aliança do governador Pedro Taques (PSDB) e o lançamento da candidatura ao Governo do Estado do vice-governador e presidente estadual da sigla em Mato Grosso, Carlos Fávaro.
“Hoje, dentro do PSD, o sentimento da maioria é pela saída da base do Taques. Há um grupo que defende a permanência, mas a maioria quer lançar candidatura ao Governo”, explicou.
Neurilan Fraga ainda disse que existe um processo que visa convencer Carlos Fávaro a topar a empreitada, mas caso ele não aceite, o partido está disposto a procurar outra liderança. “A preferência é pelo Fávaro. Caso não queira ser candidato, vamos buscar outra candidatura”, ressaltou.
Conforme Fraga, Fávaro na condução do PSD tem se mostrado “democrático e participativo”. “Não é meia dúzia que toma decisão na direção. Estamos em ano de eleição, em abril precisa haver desincompatibilização de cargo público e provoquei o Fávaro para que haja uma reunião em fevereiro com as lideranças para decidir o rumo que vamos tomar”.
Descontente com o desempenho do atual governo e pelo PSD ainda fazer parte da base aliada, Fraga chegou a cogitar deixar a legenda. No entanto, várias conversas com o presidente do partido fizeram com que o ex-prefeito de Nortelândia recuasse e esperasse pelas conversas. Fraga deve concorrer ao cargo de deputado federal.
Com uma bancada composta por 6 deputados estaduais - a maior em Mato Grosso - cerca de 200 vereadores, 25 prefeitos e 21 vices, o PSD vem coborando espaço na chapa majoritárias nas eleições deste ano. "As eleições de 2018 passam necessariamente pelo PSD, somos hoje um grande time, porque estamos fortes, coesos e preparados", disse o diretor executivo do PSD, Stephano Carmo.
Sinalização
Conforme o presidente estadual do PR, senador Wellington Fagundes, o vice-governador Carlos Fávaro o teria procurado para uma conversa na qual admitiu o desejo de ser candidato ao Palácio Paiaguás.
O governador Pedro Taques (PSDB) minimizou a questão, disse confiar em Fávaro e descartou traição. Afirmou ainda que conversar não pega “nem catapora” e que até o momento “Carlão” não teria dito a ele sobre a intenção de disputar o Palácio Paiaguás.
Taques também falou que discutirá processo eleitoral após a semana Santa, depois de ter comido “peixe e canjica”.
Conforme informações da Coluna Expresso, da Revista Época, governador teria procurado o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), pedindo explicações sobre os rumores de que Fávaro teria procurado apoio do PR para uma eventual disputa ao Governo do Estado.
De acordo com a Coluna, o presidente licenciado do PSD desconversou, mas “tem dito a interlocutores que a situação de Taques no governo é difícil e, por isso, a legenda avalia endossar candidatura de Fávaro, nome ligado ao agronegócio”.
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