A Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) está recebendo sugestões dos vereadores que não fazem parte da CPI do Paletó para a elaboração do plano de trabalho. O primeiro a contribuir foi o vereador Dilemário Alencar (Pros), que pediu à Comissão que convoque tanto o delegado como o perito da Polícia Federal que periciaram o áudio encontrado na casa do chefe do Executivo. O plano de trabalho será apresentado no próximo dia 6 e poderá sofrer alterações no decorrer da investigação.
Conforme o presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (PSB), um dos passos da CPI será requisitar a transcrição do áudio divulgado pela imprensa. A gravação foi encontrada pela Polícia Federal na casa de Emanuel Pinheiro, durante a deflagração da 12ª fase da Operação Ararath.
O áudio teria sido gravado pelo ex-secretário de Indústria, Minas e Energia, Alan Zanatta, durante uma conversa com o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio César Correa. A princípio, o conteúdo da gravação mostrava que Silvio poderia ter mentido no acordo de colaboração premiada, o que poderia anular a delação. O teor do áudio daria conta de que Emanuel foi gravado em vídeo recebendo dinheiro, mas fora do contexto do esquema do “mensalinho”, que a gestão Silval pagava aos deputados estaduais.
No entanto, perícia da Polícia Federal teria mostrada que houve edição da gravação com o intuito de beneficiar Emanuel Pinheiro. O prefeito foi um dos 15 citados por Silval Barbosa como beneficiário de um esquema de propina. O peemedebista, inclusive, foi flagrado por câmeras estrategicamente colocadas por Silvio em sua sala enchendo os bolsos de dinheiro. Um dos maços chegou a cair dos bolsos de Pinheiro. O prefeito nega as irregularidades.
Além da convocação do delegado e do perito, a CPI ainda pretende colher depoimentos de Silval Barbosa, Alan Zanatta e Silvio César Correa.
Bussiki afirma que o presidente da Câmara, vereador Justino Malheiros (PV) garantiu a estrutura mínima necessária para os trabalhos da CPI. Três servidores foram cedidos para auxiliar nos trabalhos e uma sala específica foi destinada aos integrantes da Comissão, que terá 120 dias para apurar o caso, sendo prorrogáveis por igual período de necessário.
Questionado se o início dos trabalhos próximo ao possível recesso parlamentar não atrapalharia as investigações, Bussiki informou que caso o recesso aconteça, defende a suspensão do prazo. “Defendi a suspensão dos prazos caso haja recesso. Temos 120 dias, que começaram a ser contados no dia 21 de novembro. Caso tenha recesso, que se suspenda essa contagem”.
Fazem parte da CPI do Paletó o presidente Marcelo Bussiki, o relator Adevair Cabral (PSDB) e o membro Mário Nadaf (PV).
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