Delegado Veloso deixa vice-liderança de Emanuel na Câmara para ter "isenção"

O vereador Marcos Veloso (PV) deixou a vice-liderança do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), na Câmara de Vereadores de Cuiabá. Segundo o parlamentar, a medida é para garantir isenção quando for se manifestar "dentro do devido processo legal" sobre o vídeo, em que Pinheiro aparece enchendo os bolsos do paletó com maços de dinheiro. 

Reprodução - Mídia News

 Vereador Delegado Marcos Veloso (PV)

"Entendo que devo agir dessa forma. Quero estar isento, quero estar com uma condição de quando chegar algum procedimento  nesta Casa, dentro desse contexto, ter a minha liberdade e a minha autonomia de tomar a minha decisão", afirmou Veloso, durante entrevista coletiva, na terça-feira (19). 

Veloso, entretanto, disse que não vai assinar o requerimento para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), intitulada de CPI do Paletó, que iria investigar a "moral" de Emanuel Pinheiro. O requerimento foi apresentado pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB) e precisa de nove assinaturas para a instalação. No entanto, o parlamentar socialista conseguiu apenas sete vistos. 

O parlamentar acredita que a criação de uma CPI neste momento é criar "palco político" e que os vídeos e a delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), é apenas uma parte do todo. Ele ressalta que é preciso ter uma visão mais ampla da situação, tendo em vista que a delação possui mais de 70 apensos, mas apenas 20 foram divulgados até o momento. Segundo ele, a CPI não é o instrumento "cabível". 

"A Câmara têm a atribuição de fiscalizar.  Fiscalizar o quê? A gestão em andamento e esse não é o caso aqui. Eu não estou dizendo que sou favorável à 'A' ou que estou contra 'A'. Eu estou dizendo que eu vou aguardar um processo investigatório justo, técnico e sem viés político, sem palanque. Se depois de todo esse processo, chegar algo nesta Casa para votar, aí sim iremos nos posicionar em cima do que foi trazido", afirmou.

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