Durante a Operação Malebolge, deflagrada no dia 14 de setembro, a Polícia Federal recebeu denúncias de que o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), teria escondido computadores com informações comprometedoras na residência de sua mãe, em um prédio da Avenida Filinto Muller, em Cuiabá.
Reprodução
A denúncia chegou a Policia Federal de maneira anônima e foi incluída nos autos do processo em que o prefeito se encontra.
"Chegou a este Núcleo de Inteligência Policial denúncia anônima de pessoa que estaria acompanhando pela imprensa as atividades policiais em Cuiabá relacionadas à deflagração da Operação "Malebolge". Nesta denúncia, há informação de que "cpu's", ou seja, computadores, teriam sido escondidos na residência da mãe do atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro", diz trecho da informação encaminhada ao delegado Wilson Rodrigues de Souza Filho.
Diante da denúncia, a PF confirmou que o endereço contido na denúnica é de Maria Helena de Freitas Pinheiro, mãe de Pinheiro. "Em pesquisas realizadas nos bancos de dados disponíveis ao Núcleo de Inteligência Policial foi identificado, dentre outros, o seguinte endereço relacionado a Maria Helena de Freitas Pinheiro, mãe de Emanuel Pinheiro", cita o agente da PF.
"Ou seja, há provável procedência da denúncia considerando que coincidem o nome do prédio e até mesmo o andar, ficando o número do apartamento divergente: a denúncia traz o número 1101, enquanto os bancos de dados trazem o apartamento 1103", complementa.
O documento não deixa claro se os policiais fizeram ou não as buscas na casa da mãe do prefeito.
Buscas na Malebolge
Durante a busca e apreensão na casa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), a PF encontrou documentos que mostravam a remessa de dinheiro ao exterior para Marco Túlio Pinheiro, irmão do peemedebista.
O valor das transferências ao exterior não foi registrado no auto circunstanciado de busca e arrecadação.
Conforme o documento, além de cadernos e agendas, a PF recolheu computadores, celulares e um certificado de autenticidade de um
Alan Cosme/HiperNoticias
brinco, avaliado em US$ 9,3 mil dólares. Também foi apreendido um cheque de R$ 105 mil.
Emanuel Pinheiro é acusado de receber propina quando era deputado estadual na gestão do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). A acusação partiu do próprio Silval, em delação premiada junto ao Ministério Público Federal (MPF).
No acordo, Silval entregou uma série vídeos em que diversos deputados, entre eles Emanuel Pinheiro, aparecem recebendo propina na sala do ex-chefe de gabinete do governo, Silvio Cezar Correa Araújo, também delator dos esquemas.
O prefeito, na cena, enche os bolsos do paletó com os maços de dinheiro e até deixa cair uma quantidade no chão, mas rapidamente a recolhe.
A assessoria de imprensa do prefeito não foi encontrada para falar do assunto.
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