Diego Guimarães volta de licença e se compromete a assinar CPI do Paletó

O vereador Diego Guimarães (PP) voltou de licença não remunerada nesta semana e se comprometeu em assinar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o vídeo em que o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) aparece enchendo os bolsos do paletó com dinheiro. O progressista se posicionou favorável às investigações e refutou críticas sobre uma possível "fuga do debate" ao famigerado vídeo. 

Alan Cosme/HiperNoticias

 Vereador Diego Guimarães

"Eu tirei licença no dia 2 de agosto, salvo engano o vídeo foi ao ar no dia 14 e desde então eu tenho firmado um posicionamento que sim, sou favorável às investigações e amanhã assinarei o requerimento para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. E diga-se: não é uma comissão para condenar ninguém, é uma comissão para investigar", declarou Guimarães, em entrevista à Rádio Capital FM. 

A CPI do Paletó foi apresentada pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB) e até o momento recebeu sete assinaturas dos vereadores Abílio Brunini (PSC), Sargento Joelson Amaral (PSC), Sargento Elizeu Nascimento (PSDC), Felipe Wellaton (PV), Dilemário Alencar (Pros) e Gilberto Figueiredo (PSB). Para apresentar o requerimento ao plenário é necessário, além da assinatura de Guimarães, a nona rubrica. 

Para o progressista, o instrumento adequado é a CPI, pois a Comissão Processante, além de ser necessário o voto de 17 parlamentares não permite investigar fatos estranhos ao desempenho das funções de prefeito, apesar de que ela permitiria afastar imediatamente o gestor. O vereador argumenta também que a busca e apreensão feita pela Polícia Federal na residência do prefeito traz para dentro da gestão municipal fatos antigos. 

 

"Eu fujo desse argumento de que o fato seria anterior, por isso não caberia à Câmara investigar. Foi encontrado um áudio de um delator, juntamente com ex-secretário envolvido na delação. O prefeito não trouxe o áudio para as autoridades competentes. Apenas veio à mão da autoridade competente no momento de uma busca e apreensão", afirmou o vereador. 

"No momento que ele teve acesso a esse áudio, no meu entender, deveria ter encaminhado à autoridade competente. Como não fez, penso eu que ele também traz para dentro do seu mandato toda essa carga anterior, envolvida desde o vídeo da delação. Isso precisa de explicação. A população cuiabana precisa de um esclarecimento do assunto", finalizou o parlamentar. 

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