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Política Quinta-feira, 31 de Agosto de 2017, 09:30 - A | A

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Quinta-feira, 31 de Agosto de 2017, 09h:30 - A | A

VEJA DELAÇÃO

Dinheiro desviado da Setas foi usado para pagar cartão de crédito e comprar caixões

JESSICA BACHEGA

Em seu termo de delação premiada, a ex-primeira dama do Estado, Roseli Barbosa, conta que empresas que prestavam serviços de qualificação à Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) pagavam entre 4% e 5% de propina sobre o valor dos repasses mensais dos contratos à declarante. O valor do retorno era direcionado para ações de assistencialismo e pagamento de despesas pessoais. O desvio confirmado por Roseli é investigado na Operação Ouro de Tolo, pela qual chegou a ser presa.

 

Jana Pessôa/Setas-MT

natal da família/Roseli Barbosa

 Roseli Barbosa afirma que havia infinitas demandas na Setas

A delatora conta que, logo que assumiu a Pasta, levou algumas demandas que tinha ainda na Sala da Mulher, da Assembleia Legislativa, e as primeiras damas dos municípios cobravam mais projetos de aperfeiçoamento. Que, na época, foram chamadas as empresas Instituto Concluir e IDH, ambas de Paulo Cesar Lemes,  para prestar os serviços de capacitação. 

 

Roseli relata que “as demandas da Setas eram infinitas, a exemplo de pedido de destinação de caixões, mas que não se tinha previsão orçamentária à época”. A alternativa encontrada pela ex-secretária em parceria com seu assessor especial, Rodrigo de Marchi, era cobrar propina das empresas de Lemes em trocar de direcionamento dos contratos junto ao Estado para as empresas  dele.

 

Além dos projetos já existentes, o Instituto Concluir e IDH também ofereciam cursos especiais para o período de Copa do Mundo, entre eles hotelaria, camareira e inglês. Os serviços começaram a ser prestados ainda em 2011, “com a possibilidade do retorno variável entre 4% a 5% sobre o valor de cada pagamento, tendo por destinação a execução de despesas sem cobertura orçamentária, o dinheiro do retomo era administrado pela declarante e por Rodrigo de Marchi, mas não havia um controle formal”, diz trecho da delação de Roseli. Os valores eram destinados para despesas pessoais como pagamento de cartão de crédito e de assistencialismo. 

 

Roseli declara que o então governador Silval Barbosa (PMDB) não sabia do esquema na secretaria. Relata que deixou o cargo em 2014, porque estava estafada e não aguentava mais a pressão diária. Declara, ainda, que não sabia da investigação da Operação Ouro de Tolo.

 

Em sua delação, Roseli não informa o valor total recebido em propina. Ela afirma que nunca recebeu dinheiro diretamente do empresário Paulo Lemes, mas sabia que Rodrigo Marchi o fazia e o autorizou a agir assim. Era o assessor que repassava os valores à secretária.

 

Veja delação

 

 

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