Depois da negativa de parte dos poderes no reescalonamento dos repasses constitucionais, o Governo de Mato Grosso ainda não definiu como fará para pagar a parcela de março da dívida do Estado com o Bank of America. Embora tenha intensificado os procedimentos para o repasse da operação ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), a possibilidade de que isso ocorra antes do vencimento da próxima parcela da dívida dolarizada está descartada.
Para fazer o pagamento à instituição financeira, cujo atraso representa o bloqueio de repasses da União, o governador Pedro Taques (PSDB) propôs aos poderes e órgãos da administração pública a supressão do repasse de janeiro, além da retenção de 20% das parcelas de fevereiro, março e abril para fazer caixa e pagar a parcela. Enquanto que o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas (TCE) aceitaram a proposta, os demais poderes rejeitaram a ideia, uma vez que sofrem com atrasos nos repasses verificados no ano passado.
Por conta disso, a equipe econômica recebeu do governador Pedro Taques (PSDB) a determinação para encontrar uma outra saída que assegure a quitação da parcela. A estimativa é que o valor ultrapasse os R$ 100 milhões, montante que só será definido com base na cotação do dólar da véspera do pagamento. “Estamos em uma situação dramática e o fluxo de caixa não anima”, afirma uma fonte ligada ao Palácio Paiaguás.
Tentando evitar que isso se repita em setembro, quando uma nova parcela deverá ser paga, o Estado tem trabalhado para “vender” a dívida para o BIRD, operação que está sob acompanhamento da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e foi recomendada pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (Seain/MP).
Nesta quinta-feira, os secretários de Fazenda, Rogério Gallo, e de Planejamento, Guilherme Müller, se reuniram com representantes do BIRD para discutir detalhes da operação. A previsão é a de obter economia efetiva real na dívida dolarizada, com a redução dos juros de 5%, para 2,5%. O estoque da dívida atual é de US$ 331,300 milhões. No encontro, os representantes do banco elogiaram o avanço de Mato Grosso com a aprovação de um novo regime de recuperação fiscal, mas sinalizaram que mais precisa ser feito.
A operação junto ao Bank of America foi realizada na gestão do ex-governador Silval Barbosa. O empréstimo tem como base a variação cambial e, por conta da alta da moeda americana, os valores a serem pagos pelo Estado subiram acima do previsto por não haver uma "trava" no contrato.
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Carlos Nunes 02/02/2018
Pois é, Banco não perdoa...cobra, e se não pagar Mato Grosso vai ficar com fama de mau pagador. Já vi essa estória na Reforma da Previdência. A Doutora em Economia, que defendeu sua tese de doutorado em cima da Previdência, Denise Lobato Gentil, já disse: na Seguridade Social, da qual a Previdência faz parte, nem tem déficit...estão desviando o dinheiro pra pagar juros aos banqueiros. Reforma da Previdência é idéia dos banqueiros. ..queriam que homens e mulheres aposentassem com 65 anos de idade, e 49 anos de contribuição com a Previdência. Pra sobrar mais dinheiro pra encher os bolsos dos banqueiros. É mais fácil sacrificar todo povo brasileiro, do que contrariar os banqueiros. Não entendo é o Governo do tio Taques...não conseguem nem pagar esse empréstimo, no entanto queriam emprestar quase 1 BILHÃO na Caixa pro VLT. Não seria melhor pagar um empréstimo primeiro pra depois fazer outro. ..se não aguentam com um, vão aguentar com dois?
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