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Política Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 16:40 - A | A

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Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 16h:40 - A | A

DEPOIMENTO DE GERSON

Gaeco afirma legalidade em ações e repudia tentativa de envolver promotores em escândalo

RENAN MARCEL

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) emitiu nota à imprensa, nessa quarta-feira (18), para repudiar as informações relatadas pelo cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira Correia Júnior, em depoimento aos delegados Ana Cristina Feldner e Flavio Henrique Stringueta, da Polícia Civil.

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Gaeco/Operação Arqueiro/polícia/SETAS/arquivos/documentos

 

Na última segunda-feira, o militar foi ouvido sobre o caso dos grampos e revelou uma suposta armação do Gaeco para interceptar o ex-governador Sival Barbosa (PMDB) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), José Geraldo Riva (sem partido).

 

A “história cobertura”, segundo o cabo, consistiu em simular a possibilidade de haver um atentado contra a vida da juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda. Na época o Gaeco era comandado pelo promotor de Justiça Marco Aurélio Castro.

 

Na nota, o Gaeco diz que sempre agiu pautado pela legalidade e classificou as informações reveladas pelo militar como uma “tentativa de envolvimento de promotores de Justiça que integram ou integraram o Grupo no ‘escândalo dos grampos’”.

 

O órgão, que faz parte do Ministério Público Estadual (MPE), demonstrou ainda certo estranhamento com o fato de o depoimento de Gerson ter sido colhido na última segunda-feira (17), mais de cinco dias após o ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ter avocado as investigações sobre os grampos ilegais.

 

Segundo a delegada Ana Cristina Feldner e o delegado Flávio Stringueta, a Polícia Civil foi notificada oficialmente da decisão do ministro na segunda-feira às 19:54h, quando o depoimento de Gerson já havia ocorrido - finalizado às 19:25h. A decisão do magistrado, no entanto, era pública desde sexta-feira (13). 

 

AMEAÇA CONFIRMADA

 

Selma Arruda classificou as informações do cabo Gerson como "absurdas". A magistrada confirma a ameaça.

 

Alan Cosme/Hipernoticias

Selma Arruma

 

É um absurdo essas declarações porque realmente houve uma denúncia de atentado contra a minha vida. Houve uma denúncia de que uma pessoa próxima ao Riva que disse que eu 'cheirava defunto'. Agora nunca houve um caso de denúncia envolvendo o Riva e o Sival juntos. E muito menos me lembro de ter conversado com esse cabo", disse Selma ao HiperNoticias.

 

Riva, por outro lado, isse que jamais ameaçou ninguém. "Quem me conhece sabe que jamais ameaçaria qualquer pessoa, seja juíza ou quem quer que seja. Sou cristão e não admito isso", afirmou Riva.

 

"E quero lembrar que quando recebi uma mensagem de uma pessoa que se propôs a explodir o Tribunal de Justiça e a Vara dela, eu fui o primeiro a ir no Ministério Público e denunciar", complementou.

 

HOMEM-BOMBA

 

Gerson Correa Júnior é apontado como o operador do sistema de espionagem ilegal que era realizado no âmbito da Casa Militar, na gestão atual. Antes disso, ele trabalhou mais de 10 anos no Gaeco, sob coordenação do coronel Evandro Alexandre Lesco, ex-chefe da Casa Militar, entre outros.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

cabo gerson luiz

 

No depoimento, Gerson disse que os grampos telefônicos ilegais e clandestinos praticados em Mato Grosso tinham objetivos estritamente políticos e contou com o patrocínio (R$ 50 mil) do ex-secretário Paulo Taques.

 

Ainda de acordo com o  cabo, os HDs do "Sistema Sentinela" teriam sido destruídos com todos os arquivos e áudios das interceptações clandestinas.

 

O cabo foi responsável por acompanhar e analisar o conteúdo de dos telefonemas grampeados nas investigações. No Gaeco, gozava de plena confiança dos promotores e era o chefe do setor de monitoramento de telefone.

 

Além de verificar o conteúdo das interceptações, Gerson produzia os relatórios e fazia os pedidos para a Justiça prorrogar ou incluir novos números no processo para serem grampeados.

 

Segundos as investigações, o “escritório de espionagem” funcionava em uma sala que o cabo mantinha.

 

Veja a nota do Gaeco na íntegra:

 

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) informou, por meio da Assessoria de Imprensa, que não conhece o teor do depoimento prestado pelo cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Correia Júnior no último dia 16, mas que repudia qualquer tentativa de envolvimento de Promotores de Justiça que integram ou integraram o Grupo no “escândalo dos grampos”.

 

Destacou que, em respeito à decisão do Ministro Mauro Campbell Marques, proferida no dia 11/10 e amplamente divulgada, avocando as investigações para Superior Tribunal de Justiça, se limita a afirmar que o procedimento adotado quanto à proteção da integridade física e da vida da magistrada Selma Rosane Santos Arruda, uma das protagonistas no enfrentamento à criminalidade organizada deste Estado, fora cumprido com total respeito à lei.

 

Ressaltou, também, ter “estranhado” o fato do Militar ter prestado depoimento após a decisão do STJ, requisitando toda a investigação. Por fim, enfatizou que o Gaeco sempre atuou pautado na legalidade e que tem importantes serviços prestados à sociedade e que ataques dessa natureza contra integrantes do Ministério Público e do Poder Judiciário apenas fortalecem o crime organizado.

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