Ex-chefe da Casa Civil e atual presidente da Desenvolve MT, o tesoureiro do PPS, José Adolpho Vieira, fez um contraponto às críticas feitas pelo ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (sem partido) ao governador Pedro Taques (PSDB) e a gestão feita pelo tucano em Mato Grosso. Conforme Vieira, se Pivetta rotula o governo como medíocre, deve ser por entender bem do assunto.
Alan Cosme/HiperNoticias
Presidente do Desenvolve-MT, José Adolpho
"Ele fala em governo medíocre. Ele deve entender muito de governo medíocre, já que o governo dele foi rejeitado em uma cidade onde ele se intitulava dono da cidade e perdeu a eleição. Acho que ele deve conhecer bem o que é ser um governo medíocre", retrucou.
Pivetta teceu duras críticas ao governo Taques ao anunciar a vontade do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM) em disputar o cargo de chefe do Executivo. O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde afirmou que Taques frustrou não só a população como também aqueles que estiveram ao seu lado. Pivetta ainda afirmou que o governo tucano é “sem estratégia e sem rumo”, foi testado e reprovado e por isso Taques teria perdido a condição de disputar a reeleição.
“Opiniões a gente tem que respeitar, mas a gente não pode aceitar certas coisas como o ex-prefeito dizer que o Pedro [Taques] não pode ser candidato. Quem é ele para proibir alguém de ser candidato? Quem pode fazer essa proibição acredito que seja a justiça e as urnas dizendo que não é um bom candidato. Mas se apresentar como candidato, acho que qualquer um que tenha a capacidade jurídica para ser, pode apresentar o seu nome”.
Vieira aproveitou para lembrar que Pivetta não teria condição jurídica de disputar qualquer cargo, uma vez que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que ele devolvesse R$ 17,3 mil em razão de ter adquirido um veículo como valor superfaturado para utilização do município no setor de saúde. A compra estaria englobada no caso conhecido como Operação Sanguessuga.
Democratas
O ex-secretário chefe da Casa Civil aproveitou para rebater as declarações dadas pelo ex-governador Júlio Campos, que afirmou não haver qualquer possibilidade de o partido caminhar com Taques. Para Vieira, não é justo dizer que o partido não foi ouvido e que não houve espaço dentro do governo para o Democratas.
“Não acho que o DEM não foi ouvido, respeitado, não acredito nisso. O DEM tinha a presidência do Intermat, tinha uma adjunta na Secretaria de Cidades, e mais de 50 cargos ocupados por indicações do DEM, quer dizer, quem tem esse espaço não pode falar que nunca foi ouvido. Eu me lembro bem, por exemplo, quando da decisão da minha saída da Casa Civil, a primeira pessoa que foi comunicada pelo governador Pedro Taques e eu estava do lado dele, foi o ex-governador Jayme Campos. Se isso não é deferência, eu não sei o que é”.
Mesmo com essas ponderações, Vieira considerou legítima a vontade do partido em lançar uma candidatura própria ao Governo, como determinou a Executiva Nacional da legenda. “Mas a partir do momento que se coloca que quer entrar na corrida, é do jogo democrático, vamos respeitar, mas o PPS está fechado e pedindo a candidatura do governador à reeleição”.
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