Leitão diz que Emanuel Pinheiro faz politicagem com obra do governo do Estado

O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) não poupou críticas ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), durante a Caravana da Transformação, em Tangará da Serra, nessa sexta-feira (20).

Alan Cosme/HiperNoticias

 

Quando questionado sobre o posicionamento do peemedebista quanto à destinação de emenda parlamentar para o novo pronto-socorro da Capital, o tucano disse que Emanuel está “fazendo politicagem” com o assunto.

Leitão ainda cobrou mais seriedade do gestor ao tratar da questão da Saúde.

Nessa semana, o prefeito fez questão de registrar seu descontentamento com a decisão da bancada federal de Mato Grosso, que destinou R$ 50 milhões em emendas parlamentares impositivas para o novo pronto-socorro.

Segundo o peemedebista, o valor é insuficiente para equipar o hospital e pode inviabilizar a prometida inauguração, com funcionamento pleno, no próximo dia 8 de abril, como era esperado.  

O gestor chegou a afirmar que a decisão da bancada foi uma descortesia com a principal cidade do estado e demonstra a falta de compromisso dos parlamentares com a população cuiabana.

Nilson Leitão, por sua vez, rebateu as críticas. “Ele tem que entender que quem está construindo o pronto-socorro é o governo do Estado. Não é dinheiro da prefeitura. E a obra só tem 46% prontos. Então, está fazendo politicagem com o assunto”.

“Tem que ter um pouco mais de seriedade com o assunto, não pode tratar esse assunto como cavalo de batalha”. O parlamentar ainda lembrou que até mesmo os deputados que apoiaram a eleição de Emanuel para prefeito de Cuiabá votaram pela distribuição dos recursos também para o interior de Mato Grosso.

“O valor era de R$ 156 milhões, dos quais R$ 82 milhões seriam para Cuiabá. Mas foi feito um corte no orçamento e por isso tivemos que redistribuir”, explica Leitão.

Alan Cosme/HiperNoticias

 

Conforme a decisão da bancada, o novo pronto-socorro vai receber R$ 50 milhões, enquanto o governo de Mato Grosso terá R$ 26 milhões destinados ao programa de regularização fundiária e outros R$ 50 milhões para custeio da saúde no interior.

Ao mesmo tempo, o Executivo terá que firmar um convênio com a Prefeitura para repassar R$ 30 milhões, que completariam os R$ 80 milhões necessários para a compra do equipamento do novo hospital.

“Como não usará esse equipamento, no mínimo, por um ano, por que o prefeito quer comprar o equipamento e largar encaixotado numa sala?”, questiona Leitão.

“Precisa cuidar da saúde como um todo. Se a saúde do interior for mal, vai desovar onde? Em Cuiabá. Vai ficar mais caro! Além disso, o SUS é universal. Não é uma queda de braço da Capital contra o interior. É uma Saúde única que tem que ser vista de forma macro, responsável e honesta nas informações”, criticou. 

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