Mesmo com a greve dos profissionais da Educação iniciada nessa segunda-feira (27), o governador Mauro Mendes (DEM) reforçou que não há possibilidade de o Estado atender às demandas da categoria e ressaltou que haverá o corte no ponto dos grevistas, seguindo uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o STF, o corte do ponto de servidores públicos que decidirem entrar em greve deve ser feito imediatamente. Essa decisão é de outubro de 2016.
“Infelizmente a gente vive com a realidade, a gente não vive com os nossos desejos, com nossos sonhos. É igual um filho chegar pro papai e pedir um carro zero, pedir uma viagem pra Disney. Papai vai dizer que não tem dinheiro. Nesse momento o Estado não tem a menor a condição de atender às reinvindicações dos professores”, disse.
A principal reivindicação da categoria de Educação é a Lei da Dobra do Poder de Compra, que equipara o salário dos professores às demais carreiras do Executivo estadual, além de ficar assegurado o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA). Além disso, as outras solicitações da classe são a convocação dos aprovados no concurso público de 2017 e a reforma da estrutura física de centenas de escolas estaduais.
Atraso de salários
Na última semana, o deputado estadual Ludio Cabral (PT) afirmou que o governador estaria fazendo terrorismo com os servidores, usando um possível atraso de salários, caso às demandas dos profissionais da Educação fossem atendidas.
“Eu trabalho com dados e fatos. Não trabalho com conversa fiada, não trabalho com frases de efeito. Eu já disse que os dados da secretaria da Fazenda são públicos, são abertos, todos podem ver. O balanço do Estado foi publicado, a gente não precisa ficar conversando, a gente tem que amadurecer um pouco mais e fazer uma discussão em cima de dados”, rebateu Mauro Mendes.
Mais greve
Questionado sobre possíveis greves em outras áreas, o chefe do Executivo pontuou que a medida será a mesma e afirmou não ter medo em relação a um possível caos que essas manifestações podem trazer ao Estado.
“Não é porque outras categorias estão falando, que isso muda o jogo. Qual a diferença? Mesmo com o caos, eu vou fazer o que? Dar o aumento então, por causa disso? Que cria um caos maior e depois vai vir mais greve. A saída é isso que eu estou fazendo. Quando um filho se joga no chão e faz birrinha, você cede? Não, lamentavelmente, neste momento, temos uma dificuldade muito grande no Estado”, finalizou.
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