O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ribeiro Dantes, negou o pedido de habeas corpus do ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, preso desde o dia 27 de setembro durante a Operação "Esdras", que desarticulou o núcleo da organização criminosa que estava agindo para atrapalhar às investigações sobre as interceptações telefônicas clandestina nos últimos anos no Estado de Mato Grosso.
Paulo Taques, assim como todos que estão sendo interrogados pelos delegados, são apontados como pessoas envolvidas em esquemas de interceptações telefônicas clandestinas, conhecida como grampolândia pantaneira. De acordo com a decisão do desembargador Orlando Perri, Paulo é acusado de ser um dos principais líder do grupo.
Essa é a segunda vez que Paulo Taques é preso por envolvimento nos grampos ilegais.
Na decisão do desembargador Orlando Perri, que culminou na prisão de Taques durante a Operação "Esdras", a "ousadia" dos membros era tamanha que os ex-secretários chefes da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, e da Casa Civil, Paulo Taques, continuaram com infrações penais mesmo após terem sido presos preventivamente em junho deste ano.
“Não podemos olvidar, ainda, que dois dos membros da provável organização criminosa, a saber, Paulo Cesar Zamar Taques e Cel. Evandro Alexandre Ferraz Lesco, já estiveram presos provisoriamente em outros inquéritos policiais, e mesmo depois de colocados em liberdade, continuaram, em tese, a praticar infrações penais, demonstrando, com tais comportamentos, que possuem personalidades distorcidas e voltadas a cometimento reiterados de delitos”, disse Perri em sua decisão destacando que as infrações cometidas foram em prol do grupo criminoso.
Além de Paulo Taques, foram presos, por determinação do desembargador Orlando Perri, os ex-secretários de Segurança Pública, Rogers Jarbas, de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, o ex-chefe da Casa Militar Evandro Lesco, a esposa de Lesco, Helen Chrysti, sargento João Ricardo Soler, major Michel Ferronato, e também condução coercitiva do empresário José Marilson da Silva.
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