Preso preventivamente nesta sexta-feira (4), o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, dispensou, pelo menos por enquanto, a atuação da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) na defesa das suas prerrogativas.
Ele foi preso por, segundo as informações, interferir contra as investigações dos grampos telefônicos ilegais no estado. O mandado de prisão foi assinado pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça.
Responsável por defender a categoria, a OAB tem atuado intensivamente no caso das interceptações clandestinas, que ficou conhecido como “grampolândia pantaneira”, na busca pelo esclarecimento dos fatos e transparência nas investigações.
Segundo as informações, Paulo Taques teria montado um esquema de arapongagem durante a eleição de 2012 para presidência da Ordem. Naquele ano, o ex-secretário foi um dos coordenadores da candidatura do advogado José Moreno, na chapa "A OAB é muito mais", ficou em segundo lugar, perdendo para a candidatura de Maurício Aude.
Nesta sexta-feira, o presidente da instituição, Leonardo Campos conversou com Paulo Taques, que “entendeu não ser necessária, por enquanto, a atuação da Ordem”. Mesmo assim, a OAB se comprometeu em buscar uma sala de Estado Maior para o advogado.
Confira a nota da OAB na íntegra:
Diante dos fatos ocorridos nesta sexta-feira (4) envolvendo cumprimento de mandado de prisão preventiva em face de advogado, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) informa que:
· A OAB-MT não transige com relação ao estrito respeito das prerrogativas profissionais previstas na Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia);
· Ao ser comunicada sobre a prisão preventiva, a OAB-MT, por meio de seu presidente, Leonardo Campos, compareceu pessoalmente à Polinter, conversou com o advogado detido e seus representantes constituídos, para averiguar e assegurar a observância integral da legislação de regência;
· Insta registrar, desde logo, que por já ter advogado constituído, o profissional detido entendeu não ser necessária, por enquanto, a atuação da Ordem;
· Independentemente disso, a OAB-MT acompanhará o desenrolar dos acontecimentos, mais uma vez registrando que buscará garantir, caso assim não aconteça, acautelamento do advogado em sala de Estado Maior, como determina a legislação.
· Por fim, esta instituição registra ser este o procedimento padrão, dispensado a todos os profissionais em situação análoga, garantindo, a um só tempo, o respeito às prerrogativas, bem como averiguando responsabilidades, inclusive perante o Tribunal de Ética e Disciplina
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.