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Artigos Quarta-feira, 01 de Julho de 2015, 08:59 - A | A

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Quarta-feira, 01 de Julho de 2015, 08h:59 - A | A

A política, o tempo e a vida

As pessoas já não estão pensando em crescer, mas apenas em não perder o que conquistaram e mesmo assim não estão conseguindo

JOÃO EDISOM

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João Edisom

 

Já passamos da metade do ano. Os dias estão passando tão rápido que começo este texto com o poema de Mario Quintana chamado “O Tempo”:

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 
Quando se vê, já é natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. 
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado... 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... 
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

 

O primeiro semestre de 2015 já foi. Isso significa que o ano entrou na reta final. Mas como se janeiro foi ontem e o natal semana passada? O que está ocorrendo com o tempo? O ano nem começou e já está indo para a reta final? Os dias estão mais curtos, a semana nem começa já termina e os meses passam em menos de uma semana.

 

O Brasil experimentou dias de farturas entre os anos de 2000 e 2012, períodos dos governos FHC, Lula e da presidente Dilma. Ainda tivemos um mascaramento no biênio 2013/2014, com as obras e eventos da Copa do Mundo. Prova que já não estava bom é que neste período, para aprovar as contas, o governo usou de um método “criativo”, também conhecido como mentiras contábeis, para aprovar suas contas.

 

Os doze anos aqui apontados como de farturas, dois do FHC, oito do Lula e dois da presidente Dilma não foram suficientes para remediar as mazelas de outros longos períodos de vacas magras, somada a políticas equivocadas, roubos, corrupção e má gestão. Mesmo assim parecia um período bom em virtude do que se viveu nas últimas décadas do final do século XX. A fartura foi e a fatura chegou.

 

E hoje, iniciando o segundo semestre do ano, percebemos que tudo está passando tão rápido que não estamos tendo tempo para vivenciar as vitórias e nem lamentar as tantas derrotas. A necessidade de correr para tentar manter o que conquistamos é tão grande que mal podemos ver o dia. E olha que as conquistas nem foram tantas assim, pois os péssimos gestores não deixaram.

 

As pessoas já não estão pensando em crescer, mas apenas em não perder o que conquistaram e mesmo assim não estão conseguindo. O preço da sua própria sustentabilidade inflado pelos impostos e pelas altas taxas de juros vem tirando em dias o que as pessoas levaram anos para ganhar.

 

Os governantes não se tornam assassinos porque puxam o gatilho, mas porque tiram das pessoas, em primeiro momento, as oportunidades, depois roubam os sonhos e, por último, os deixam endividados e pressionam com a cobrança. Nunca se ouviu tanto a palavra suicídio nestas terras chamadas Brasilis como nestes últimos dias. Afinal, depressão é sinônimo de ausência de perspectiva.

 

 

Em contraste com a desesperança social, assistimos fortunas e mais fortunas dos cofres públicos esvoaçarem para atender interesses de pessoas ou grupos em se perpetuarem no poder. Enquanto isso, energia, combustível, telefonia, medicamento, cesta básica e impostos sobem dia após dia.

 

O resultado de tudo isso é não percebermos que a vida está passando, pois, as pessoas sérias estão trabalhando dobrado e recebendo menos da metade do que recebiam anos anteriores. Não podemos ver o sol nascer e muito menos a lua, já que mal vemos a noite passar para sairmos correndo tentando salvar o pouco que nos sobrou. Isso quando ainda está sobrando.

 

 

Os políticos ruins estão roubando mais que dinheiro; estão roubando dias preciosos das nossas vidas, estão roubando vidas. São dias que não voltarão mais porque morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos; quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa além de suas necessidades.

 

Ou mudamos a política e os políticos ou vamos comemorar o próximo ano ainda este ano.

 

 

 

*JOÃO EDISON é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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