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Artigos Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2014, 14:57 - A | A

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Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2014, 14h:57 - A | A

Mario Viana, lições de relacionamento

Por toda a vida, esse ourives miraculoso do relacionamento procurou extrair efeitos práticos e voltados para soluções de problemas que brotavam como se fossem cascalho no cotidiano

FRANCISCO VIANA







Arquivo Pessoal

Partiu o profissional do diálogo. Aqueles que o conheceram e que, com ele, trabalharam, vão sempre lembrar da sua versatilidade e vasta capacidade de aproveitar lições de todas as tendências e escolas políticas para desembocar no oficio do relacionamento organizações-mídia, seu ofício permanente. Estava com 70 anos. Lutou bravamente contra um câncer fulminante, que o surpreendeu em plena atividade na cidade de Nova York, mas que não logrou, em momento algum, minar a sua permanente energia para realizar.


Por toda a vida, esse ourives miraculoso do relacionamento procurou extrair efeitos práticos e voltados para soluções de problemas que brotavam como se fossem cascalho no cotidiano e que ele sabia transformar em gemas preciosas e faiscantes engastes de ouro. Trabalhava com método e dedicação. Era amante de Mozart, dos livros, da boa gastronomia e da democracia. A Comunicação para ele tinha a cor e a forma do relacionamento.

Seu vasto e real universo de clientes, contatos, amizades, fontes e jornalistas permitiam que soubesse dos segredos dos bastidores, municiasse colunas em jornais e revistas, além de colocar, aqueles que assessorava em posições vantajosas nas entrevistas. Falava e escrevia em inglês como em português. Didicava-se ao domínio dos recônditos segredos do que acontecia nas redações e nas empresas. Fez um trabalho ético e consciente.


Da América para São Paulo


Mario Viana viveu dez anos nos Estados Unidos onde trabalhou no Daily - Herald Telephone, em Bloomington, Indiana, e no Delaware State News, da cidade de Dover. Tornou-se uma referencia para os jornalistas das nascentes editorias de economia, quando na década de 70, vindo dos EUA, passou a responder pela comunicação do Invest Banco, dirigido pelo então embaixador Roberto Campos.

Com Campos, também, trabalhou no Banco União Comercial, desta vez em âmbito nacional. “Mario era objetivo, elegante e muito ativo”, lembra o comunicador Alberto Morelli, que trabalhava junto com Viana naquela época. Uma “época difícil” para o uso da palavra, como destaca Morelli, em que por força da ditatura a política tinha deixado de existir na mídia e o noticiário econômico, recém-nascido, servia de desaguadouro para as reivindicações empresariais.


Mario gostava de planejar, fazer apresentações informativas, ser metódico, mas sua paixão era o relacionamento com os editores e repórteres de todo o pais. A rede foi se ampliando aos poucos, em especial quando ele somou-se à equipe do ministro Hélio Beltrão na pasta da desburocratização e previdência social.

O gosto genuíno pelo relacionamento abriu portas da sua própria agência de comunicação: primeiro a XYZ, que chegou a fazer parte da rede global de comunicação da Citigate Dewe Rogerson de Nova Iorque; e depois, a AllComm Partners Comunicação Estratégica.


Foram anos e anos como empreendedor, fazendo evoluir a comunicação junto a muitas das maiores e mais importantes empresas brasileiras, suas entidades de classe e executivos, treinamento e formulação de estratégias nas mais diferentes frentes.


O relacionamento sempre foi o seu ponto forte e fez girar o pêndulo da história desse comunicador pioneiros que é um dos mais representativos no pais, com expressiva repercussão como paradigma para as gerações futuras. Tenho justificado orgulho de ter sido seu amigo e com Mário Viana( brincávamos dizendo que não éramos parentes, sempre que trabalhávamos juntos) muito ter aprendido.



* FRANCISCO VIANA é comunicador e mestre em filosofia política (PUC-SP)





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