Quinta-feira, 02 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,19
euro R$ 5,57
libra R$ 5,57

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,19
euro R$ 5,57
libra R$ 5,57

Artigos Segunda-feira, 29 de Junho de 2015, 08:53 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 29 de Junho de 2015, 08h:53 - A | A

Os poços de água e de sofrimento

O produto mais precioso da vida é a água, que para tê-la, era um sofrimento de dar dó

WILSON FUÁ

Arquivo pessoal

Wilson Carlos Fuá

 

O produto mais precioso da vida é a água, que para tê-la, era um sofrimento de dar dó. Ali pelos idos dos anos 60, Cuiabá dispunha de  históricos poços d’água, que abasteciam os bairros desta cidade, esses minadouros  forneciam a água sagrada, pura e cristalina, que matavam a sede dos cuiabanos.

 

E, logo pelas madrugadas nas proximidades desses poços, ouviam-se barulhos de caçambas (pequeno balde amarado a uma corda de embira para puxar a água do fundo do poço), ouviam também, os alaridos de pessoas nas filas à beira dos poços esperando a sua vez, ali acorriam discussões, fuxicos, brigas de  murros e “aloitos”, era sofrido, mas era divertido.

 

Só para lembrar-se de alguns desses poços, podemos citar:

 

1- No Bairro  Mundéo, que tinha um poço com o nome de  Maranhão, que  ficava no fundo da Santa Casa, na travessa da paciência. Esse poço fornecia água a todos os moradores da Gel. Mello, Gel. Valle, Rua Miranda Reis,  e várias outras ruas daquela redondeza;

 

2 - Poço da Lixeira que fica na margem direita do bairro da Lixeira e Poço da Cacimba de Leite que fica ao lado direito da Av. João Gomes Sobrinho, enfrente  ao Ginásio da Lixeira, esses dois poços abasteciam a Av. Coronel Escolástico, Rua São Benedito, São Francisco, e todo o Bairro da Lixeira, “Bairro da Lavandeira”, “Bairro Cabeça de Boi” e redondeza.

 

Depois vieram as Caixas d’águas como a do Areão, a Morro do Tambor, a da Rua Comandante Costa, que foi a mais famosa e com maior em capacidade, e a partir daí, o centro e alguns bairros passaram a receber o abastecimento de  Água, isso no meio do século passado.

 

Os dias de sofrimento do povo, com a falta de abastecimento de água, continuam se arrastando por séculos, e até hoje ainda é tema para eleger Prefeitos e Vereadores. E, vergonhosamente ainda aparecem políticos usando  desse sofrimento do povo para levar vantagem em cima do péssimo  abastecimento regular de água nas casas cuiabanas.

 

É vergonhoso estarmos em 2015 discutindo o abastecimento de água de uma capital, quase tricentenária. É triste ver que milhares de pessoas ainda sofrerem sem ter o precioso líquido para beber, ou para sua higiene;  ou pelo menos para lavar as mãos e rosto. 

 

Esse sacrifício pela falta da água, faz parte integrante da  nossa história, esquecê-lo é rejeitar a sabedoria do aprendizado, esses momentos históricos de sofrimento.  

 

Com certeza o povo deve usar esse sofrimento como  forma basilar nas decisões eleitorais futuras, pois da capacidade de observação a incapacidade de resolver o abastecimento de água e  sofrimento permanente, deve ser transformados em fator da meditação sobre as causas, e  com certeza dará uma nova consciência para que o povo saiba escolher melhor os candidatos, colocando na Câmara e na Prefeita, pessoas que tenham sensibilidade e compaixão com o sofrimento seculares do povo cuiabano.     

               

 

*WILSON CARLOS FUÁH é economista, especialista em  recursos humanos e relações sociais e políticas.          

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros