O Estado gaúcho tem mais de 400 mil pontos sem energia elétrica, sendo 198 mil pontos administrados pela CEEE Equatorial, que tem 11% do total de clientes sem energia, e 210 mil da RGE Sul, com 6,8% dos clientes sem energia.
"As pessoas não tem acesso à informação, não sabem o que fazer para receber donativos ou onde ficar quando as casas ficam alagadas, por exemplo", conta o professor Willian Araújo, subcoordenador dos cursos de Comunicação da universidade.
"Vendo que muitas dessas pessoas ainda estão alagadas, perderam tudo e ainda vão ficar um bom tempo sem energia elétrica e internet, começamos a arrecadação dessa tecnologia que é quase 'jurássica', o rádio a pilha, que estava em desuso, e a situação no Rio Grande do Sul nos provou que é extremamente útil, porque independe de internet e energia", relata Araújo, se referindo à situação do município de Sinimbu, um dos primeiros a serem afetados pelos alagamentos, onde as chuvas começaram há uma semana.
As doações serão destinadas a moradores de Sinimbu e de áreas periféricas e rurais de Santa Cruz do Sul, como o distrito de Rio Pardinho e o bairro Várzea.
"A única forma que algumas pessoas encontraram de se manter informadas sobre o que estava ocorrendo na sua volta foi o rádio a pilha", destaca o professor.
Os equipamentos devem ser entregues em bom estado no Bloco 35 da Unisc, em Santa Cruz do Sul. A universidade também abriu um Pix para receber doações que serão destinadas à compra de rádios para doação a populações vulneráveis afetadas pelas enchentes.
(Com Agência Estado)
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