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Cidades Terça-feira, 06 de Agosto de 2019, 10:07 - A | A

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Terça-feira, 06 de Agosto de 2019, 10h:07 - A | A

EFEITO DA GREVE

Ano letivo em escolas públicas de MT será finalizado apenas em 2020

ANA ADÉLIA JÁCOMO

Reprodução

Sala de aula vazia

Greve já dura 72 dias, o que representa mais de 50 dias letivos perdidos

Após 72 dias de greve na rede pública de ensino de Mato Grosso, os alunos terão que finalizar este ano letivo apenas em 2020. O movimento grevista foi iniciado em 27 de maio, o que somam mais de 50 dias de aulas perdidas. Para a reposição dessas aulas, será necessário a confecção de um novo calendário escolar.

De acordo com o presidente do Sindicato dos professores (Sintep), Valdeir Pereira, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) definirá as datas das reposições, assim que a greve chegar ao fim. Ele afirmou nesta terça-feira (6) ao HNT/HiperNotícias que é “impossível” terminar o ano letivo ainda em 2019.

“Esse ano é impossível. Os dias letivos são encerrados em 22 de dezembro, então pra terminar nesse ano teria que incluir aulas nos sábados e domingos. Já estamos com, em torno, de 50 dias letivos perdidos. A gente nem tem a quantidade de sábados e domingos suficientes esse ano para completar o ano letivo. Não tem mais tempo”, disse ele.

Pais de alunos têm se manifestado pelo retorno das aulas. Nesta semana, um grupo com cartazes e faixas pediu pelo fim da greve em frente a Escola Estadual Souza Bandeira, na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá.

A crise na Educação de Mato Grosso é considerada uma das mais longas da história e já tem repercussão nacional. A última paralisação foi em 2016 e durou 67 dias. 

O programa Profissão Repórter, da Rede Globo, vai abordar a greve dos professores de Mato Grosso, num programa que irá ao ar, em rede nacional, no próximo dia 14 de agosto.

SEM PREVISÃO DE RETORNO

Expectativas de que a greve chegasse ao fim foram praticamente descartadas pelos representantes da categoria. Ocorre que nesta segunda-feira (5) o governador Mauro Mendes publicou no fim da tarde uma proposta para os professores, e adiantou que seria sua última tentativa de acordo com a categoria.

No documento, Mendes propôs que a RGA e a Lei da Dobra do poder de compra serão pagos a partir do próximo ano, desde que haja condição para elevação de gastos com folha (abaixo de 49% da Lei de Responsabilidade Fiscal).

O Governo estabeleceu que 75% de um possível espaço fiscal será usado para pagamento da RGA de todos os servidores públicos do Estado. Outros 25% serão destinados aos aumentos previstos em lei para carreiras como a Educação, Meio Ambiente e Fazenda. 

No entanto, o dirigente sindical Henrique Lopes afirmou que a proposta é tão vaga que chega a “tirar do horizonte” a possibilidade de as reivindicações serem cumpridas.

Os profissionais da educação deflagraram a greve geral para reivindicar a integralização do 7,69% da lei da dobra do poder de compras até a próxima data base; compromisso aos percentuais que vencerão durante a gestão do governador Mauro Mendes da LC 510/2013; e, suspensão imediata do corte de pontos e a restituição dos valores descontados em razão da greve. 

“O que a categoria sempre estabeleceu como parâmetro é que o Governo apresentasse a integralidade da Lei 510 até a próxima data-base. Olhando, assim por cima, a proposta é um documento que tira inclusive do horizonte a integralidade da dobra do poder de compra para 2023. Quando ele ‘amarra’ essa questão no percentual que sobrar da diferença entre receita e despesa, não há pra ninguém a garantia. Não se sabe nem se essa sobra é suficiente para cobrir a inflação do período. A coisa está muito obscura por parte do Governo”, disse ele em entrevista à Rádio Capital, nesta terça-feira (6).

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