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Quarta-feira, 04 de Setembro de 2019, 15h:40

Proprietário do "Deckão Lanches" é preso por explodir caixa eletrônico no CPA

LUIS VINICIUS

O empresário Deykso da Silva Brito, 38 anos, é um dos presos de participar da explosão de um caixa eletrônico do Banco do Brasil, no bairro CPA II, em Cuiabá. O empreendedor possuí um “famoso” trailer na região, onde são comercializados lanches, o “Deckão Lanches”, que fica na Avenida do CPA.

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Deykso passa por audiência de custódia nesta quarta-feira (4) no Fórum de Cuiabá. Após isso, o magistrado deve decidir pela permanência, ou não dele, na prisão.

O suspeito já foi vice-presidente da Associação Cuiabana de Comida de Rua (ACCR) em 2015. Ele é participante ativo dos movimentos de vendedores ambulantes em Cuiabá.

Curiosamente, poucas horas depois do crime, o empresário postou em sua conta no Facebook duas matérias jornalísticas sobre a explosão do caixa eletrônico e da prisão de outras pessoas envolvidas com arrombamento de terminal bancário.  

Horas depois das publicações, Deykson foi preso pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em uma casa no Residencial Buriti, na Capital.

Além do empresário, foram presos: Maxwell Nogueira Silva, 22 anos, Leonardo Souza Novais de Alencar, 22 anos, André Felipe Alves Mendes, 18 anos, Luan Reis do Nascimento, 21 anos, Erik Felipe da Silva Almeida, 29 anos, e um adolescente de 16 anos, identificado como M.V.A.N., 16 anos.

Com os detidos, foram apreendidos capacetes, roupas semelhantes as usadas no dia do crime e um revólver calibre 32.

Já na terça-feira, foram presos em uma residência no bairro Jardim Vitória, também na Capital, Eneilton de Oliveira Martins da Conceição, Gabriel David de Campos Silva e Wancley Etcheveer de Campos.

Em um primeiro momento, outras duas pessoas foram eram apontadas como participantes da ação criminosa. Porém, a delegada Juliana Palhares, responsável pelas prisões, não encontrou indícios da participação.

Com eles, os agentes encontraram três bacias lotadas com cédulas do dinheiro furtado. O dinheiro estava sendo “banhado” com Whisky e segundo a Polícia Civil, a medida é realizada para retirar uma tinta que é solta do caixa eletrônico quando o mesmo é detonado.

De acordo com a Polícia Civil, ao todo foram recuperados R$ 102.750,00. Na casa, foi apreendido um veículo Siena, que também havia informações de que foi usado no apoio aos criminosos.

Todos os suspeitos foram levados para sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e autuados em flagrante por tentativa de furto, furto qualificado mediante explosão e associação criminosa.

Segundo Juliana, eles negam a participação nas explosões das agências, alegando que apenas estavam fazendo a lavagem do dinheiro.

A investigação aponta que mais de R$ 1 mil reais foram comprados em whisky. Um dos presos confirmou ter sido comprado 10 garrafas da bebida, mostrando que estavam se preparado para ação criminosa.

O caso continua sendo investigado. Os suspeitos deverão passar por audiência de custódia. Caso o juiz interpreta pela manutenção das prisões, os presos irão para uma unidade penitenciária de Cuiabá.

Outro lado 

Após a divulgação da informação, amigos e parentes do empresário foram até a sua conta no Facebook e demonstraram apoio. Em uma das mensagens uma pessoa diz: "Eu acredito na sua inocência, amigo!".