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Polícia Domingo, 19 de Agosto de 2018, 08:00 - A | A

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Domingo, 19 de Agosto de 2018, 08h:00 - A | A

OPERAÇÃO RED MONEY

Casal membro do Comando Vermelho abriu empresa de transportes para lavar dinheiro do tráfico

LUIS VINICIUS

Mesmo detidos na Penitenciária Central do Estado (PCE), os líderes da maior facção criminosa do estado, Comando Vermelho (CV), conseguem articular e organizar um grande esquema financeiro com o tráfico de drogas. Com ajuda de esposas, namoradas e até familiares mais próximos, os criminosos planejaram uma engenhosa rede de crimes e até aberturas de empresas de fachadas para compra e venda de entorpecentes.

 

Reprodução/HiperNoticias

casal de traficante preso.jpg

 

Investigações realizadas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, descobriram que o casal Janderson dos Santos Lopes, conhecido como “Cowboy”, e a sua esposa Thais Emilia Siqueira Silva, abriram uma empresa de transportes para lavar o dinheiro do tráfico.

 

O “empreendimento” que tinha o nome “T.E.S". Transpostes” estava no nome de Thais. Em um ano e meio, a mulher movimentou cerca de R$ 1,5 milhão com a venda de drogas. Durante a investigação foi descoberto que eles faziam trabalho de frete com caminhões adquiridos para essa empresa de fachada. Porém, existe a possibilidade de que esses veículos pesados tenham feito o transporte de drogas para outros estado e até para outros países.

 

Cowboy e Thais foram alvos da maior operação já realizada pela Polícia Civil de Mato Grosso, intitulada “Red Money”. A ação foi deflagrada no dia 8 de agosto em Cuiabá e em outras cidades de Mato Grosso. O intuito era desmantelar um engenhoso esquema financeiro da organização criminosa. Durante os trabalhos, cerca de R$ 50 milhões em dinheiro e bens foram apreendidos.

 

O casal era monitorado por tornozeleira eletrônica e foi preso na residência onde morava, no bairro Dom Aquino. Em 2016, Cowboy foi alvo da operação “Três Estados” deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE). Na ocasião, ele e mais 14 traficantes foram presos acusados de abastecer o comércio ilícito de entorpecente na Grande Cuiabá. Também eram acusados de transportar drogas para Rondônia. Ao longo da investigação, mais de 300 quilos de entorpecentes foram apreendidos.

 

A operação denominada "Três Estados" faz referência aos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia. A quadrilha buscava a maconha na divisa de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, trazia para Mato Grosso e fazia a distribuição para grandes e pequenos traficantes, donos de "bocas de fumo" de Várzea Grande e Cuiabá. Eles ainda tinham uma logística para o envio de droga a alguns municípios de Rondônia.

 

Janderson é condenado por tráfico de drogas. Além disso, ele é considerado o fornecedor de entorpecentes da Penitenciária Central do Estado (PCE). Durante as investigações, ele foi apontado como uma das lideranças da parte financeira do Comando Vermelho e comparsa de Francisco Soares Lacerda (Brasília) e Jonas Souza Gonçalves Junior (Batman), principais líderes da parte financeira da facção criminosa.

 

 

Operação Red Money

 

Todas informações foram colhidas durante as investigações da “Operação Red Money”. Deflagrada na quarta-feira (8), a operação teve o intuito de apreender o patrimônio e descapitalizar o “financeiro” do Comando Vermelho. De acordo com a investigação, a organização desenvolveu um sistema de arrecadação financeira próprio, criando assim um grande esquema de movimentação financeira e lavagem de dinheiro, com utilização de empresas de fachadas, contas bancárias de terceiros e parentes de presos.  

 

Além da taxa de segurança, os agentes descobriram que haviam outros dois “recursos” para a arrecadação de dinheiro para a facção criminosa. O cadastramento de novos faccionados e o pagamento de mensalidades por traficantes para a instalação de bocas de fumo também era uma outra maneira dos criminosos angariarem dinheiro para a facção.

 

A operação cumpriu 94 mandados de prisão. Sob a coordenação Diretoria de Inteligência e da GCCO, a Justiça expediu mais de 230 ordens judiciais. Além das prisões preventivas, sendo 59 buscas e apreensão, 80 ordens judiciais de bloqueios de contas correntes, além de sequestro de bens (veículos, joias, imóveis urbanos e rurais) e valores.

 

No período de um ano e meio (01/06/2016 a 18/01/2018), entre entradas e saídas de 44 contas investigadas na operação, foram identificados movimentação de aproximadamente R$ 52 milhões.

 

 

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