Deputado critica palmeiras no VLT e diz que falta coerência ao prefeito Emanuel Pinheiro

O deputado federal Fábio Garcia (sem partido) criticou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), nesta segunda-feira (30), durante entrevista à rádio Jovem Pan. Para o parlamentar, falta coerência ao gestor à frente do Palácio Alencastro. A crítica foi motivada por causa da ideia de plantar palmeiras no canteiro do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Alan Cosme/HiperNoticias

Deputado federal Fabio Garcia (Sem Partido)

“Eu acho um absurdo! É um desrespeito à população cuiabana, a todas aquelas pessoas e empresas que foram desapropriadas para a implantação do novo modal em Cuiabá. Serão, certamente, as palmeiras mais caras do universo”, disparou Garcia.

“Você fazer um gasto bilionário [com o VLT] e ai plantar palmeira, enterrando esse investimento, para a cidade ficar bonita!? O que a gente precisa é dar uma solução de mobilidade urbana ao município de Cuiabá”, lembra o deputado.

Para o parlamentar, caso seja constatada, definitivamente, a inviabilidade do VLT é necessário que as autoridades políticas comecem a repensar a implantação de um outro modal de transporte, como, por exemplo, o Bus Rapid Transit, o BRT.

Garcia ainda lembra que as obras do VLT causaram prejuízo a diversos de Várzea Grande e, atualmente, muitos empreendimentos ainda estão a placa de “aluga-se”.

“Os governantes precisam buscar uma solução de mobilidade. Ele [Emanuel Pinheiro] era o maior defensor do VLT. E de repente quer plantar palmeiras em cima dos trilhos do VLT? Isso não nenhuma lógica, nenhuma coerência com o discurso que ele vinha fazendo para ser prefeito de Cuiabá”, disse o deputado.

O HiperNotícias procurou viveiros e paisagistas da Capital e fez o levantamento de quantas árvores poderiam ser plantadas no trajeto do modal.

Considerando que o projeto de mobilidade prevê 22 quilômetros de trilhos, que funcionariam nos eixos Coxipó-Centro e CPA-Porto, a estimativa é de que sejam plantadas 2.200 árvores, conforme média calculada por paisagistas da Capital. Isso porque a distância média para plantar uma árvore e outra é de 10 metros.

Cotamos os valores de uma palmeira imperial unitária em cinco viveiros e casas de paisagismo de Cuiabá. Para uma árvore com tronco de dois metros, encontramos valores entre R$650 e R$1 mil. Com isso, o valor médio para a palmeira desejada pelo prefeito é de R$825.

Para cobrir toda a extensão do VLT, com as 2.200 plantas, então, seriam gastos R$1,815 milhão.

A implantação das palmeiras deve ser feita após processo licitatório, cuja abertura o prefeito informou que irá determinar em até 30 dias, já que pretende aproveitar o período chuvoso para a plantagem da árvore.

A conversa surgiu quando Emanuel Pinheiro se disse cansado da “novela” do VLT. Para o chefe do Executivo, hoje, o modal se tornou um empecilho para o crescimento econômico e ao “embelezamento” de Cuiabá.

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