Alan Cosme/HiperNoticias
Lazaretti: "Há espaço para o debate"
Uma comissão especial, formada por deputados estaduais de Mato Grosso, seguirá nos próximos dias para Campo Grande (MS), pra conhecer o modelo implantado pelo Estado vizinho no conhecido “Projeto Cota Zero” que, mesmo sob resistência de pescadores, tem sido avaliado por críticos ambientais, como “modelo” de gestão quanto ao controle da população de peixes nos rios de Mato Grosso do Sul.
A Comissão Especial da Assembleia Legislativa tem como membros os deputados Wilson Santos (PSDB), Nininho (PSD), Janaina Riva (MDB), Dr Eugênio (PSB), Dilmar Dal Bosco ((DEM), Eliseu Nascimento (DC) e Paulo Araújo (PP).
Essa Comissão tem 30 dias para apresentar um resumo daquilo que, eventualmente, pode ser absorvido pelo Governo de Mato Grosso e, assim, aprimorar o polêmico texto do Executivo que foi enviado ao Parlamento e que tem enfrentado resistência do setor.
“Mato Grosso do Sul implantou esse programa já tem algum tempo e Goiás também. Então, eu pedi para eles irem lá ver o que deu certo, o que deu errado, que se reúnam com os ribeirinhos, se reúnam com a Sepesc [Secretaria de Pesca] e com todos os setores, para que eles possam fazer um diagnóstico de tudo isso, para que possamos propor um projeto alternativo”, apontou Botelho, ao HNT/HiperNotícias nesta sexta-feira (13).
Também comporão a comitiva técnicos e especialistas em políticas ambientais.
Flexibilidade
A secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazaretti, admitiu, em entrevista ao HNT/HiperNoticias, que é polêmica a proposta do “Cota Zero” para os rios do Estado. “É importante destacar que, no âmbito do Governo, existe espaço para que a gente possa debater e tentar encontrar a melhor solução”, disse a secretária. Para ela, ainda "é prematuro, fazer qualquer avaliação, mas nos próximos debates, é possível que haja alguns ajustes".
Há receio de que a implantação da lei cause desemprego entre os pequenos pescadores. Quanto a isso, a secretária argumentou que o Governo tem preocupação com os pescadores profissionais registrados. "Precisam de auxílio e nós estamos trabalhando nessas alternativas de auxílio”, salientou a secretária.
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